17 março 2022

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1565


As Irmãs Macaluso

Título original: Le Sorelle Macaluso


De: Emma Dante

Com: Alissa Maria Orlando, Susanna Piraino, Anita Pomario

Género: Drama

Outros dados: ITA, 2020, Cores, 89 min.



SINOPSE

Maria, Pinucia, Lia, Katia e Antonella Macaluso são irmãs e vivem no último andar de um prédio da periferia de Palermo (Itália). Este filme acompanha as suas vidas ao longo do tempo, desde a infância à velhice, com todos os eventos, felizes ou trágicos, que vão acontecendo pelo meio e que vão alterando, aos poucos, as suas personalidades.


Em competição na 77.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, um filme dramático realizado e escrito por Emma Dante, que tem por base a peça homónima escrita por si em 2014. (Fonte: CineCartaz)



Prémios e Festivais:

Festival de Veneza 2020 - Prémio La Pellicola d’Oro (

Golden Globes, Italy 2021 - Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Atriz

TOMATOMETER: 100%


The Guardian ★★★★


Notas da Crítica:


«Uma tapeçaria de laços fraternais.» - Screendaily


«Um filme transformador (...) O elenco é convincente mesmo nos momentos de grande drama.» - The Hollywood Reporter


«O argumento sensível de Dante e seu belo exército de atrizes criam uma celebração lindamente melancólica e muitas vezes extraordinariamente comovente do amor fraternal que existe entre irmãs.» - Variety



Seleção de crítica: por João Lopes, no Cinemax-RTP.


Uma tradição italiana que se renova


“Doze atrizes para interpretar cinco personagens — eis a curiosa proeza de "As Irmãs Macaluso", produção italiana realizada por Emma Dante, estreada na edição de 2020 do Festival de Veneza.


Dito de outro modo: estamos perante uma saga de muitas décadas — infância, idade adulta, velhice — em que tudo se joga nessa ambivalência das personagens que persistem através da transformação dos corpos. 


Trata-se, afinal, de relançar uma dimensão visceral que pontua toda a história do cinema italiano, com inevitável destaque para o seu período clássico. Penso, por exemplo, nos exemplos modelares de Dino Risi ou Luigi Comencini, cineastas cuja segurança artesanal sempre se combinou com um sentido apurado das componentes psicológicas e sociais. 


O que Emma Dante coloca em cena é, afinal, a desencantada acumulação do tempo, o seu caráter implacável e irreversível. Quer isto dizer que aquela pequena tribo da cidade de Palermo funciona como um microcosmos de um tempo em que o enfraquecimento das figuras paternas (neste caso, mesmo ausentes) envolve uma inevitável reconversão da condição filial. 


A afirmação de vida, a maturidade e o horizonte da morte definem, assim, as coordenadas dramáticas de um filme enraizado numa crença profunda nas potencialidades das suas intérpretes. Como se Emma Dante, ainda que elaborando uma ficção, seguisse um método de "reportagem": a câmara acompanha as cinco irmãs como quem procura essa espontaneidade paradoxal que nasce de uma cuidada elaboração narrativa — poderá dizer-se que tal dinâmica nem sempre resulta da mesma maneira, mas o risco que implica merece toda a admiração.”



+CríticaDiário de Notícias, À pala de Walsh, c7nema, Cenas de Cinema, Variety, The Hollywood Reporter, The Guardian, RogerEbert, Cineuropa.



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