02 maio 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1452
Título original: Todos lo Saben

De: Asghar Farhadi
Com: Penélope Cruz, Javier Bardem, Ricardo Darín
Género: Drama, Crime
Classificação: M/12
Outros dados: ESP/ITA/FRA, 2018, 132 min.


SINOPSE
A viver na Argentina há já vários anos, Laura regressa com o marido e os filhos à sua pequena aldeia espanhola para celebrar o casamento da irmã mais nova. Porém, o que se previa ser uma aprazível reunião familiar depressa se transforma numa tragédia quando a filha de Laura desaparece. As revelações decorrentes deste terrível evento serão muitas e vão mudar, irremediavelmente, as vidas de todos.

Filme de abertura da 71.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, um "thriller" psicológico com assinatura do iraniano Asghar Farhadi, que conquistou a crítica internacional com "Uma Separação" (2011) e o "Vendedor" (2016), o primeiro vencedor do Urso de Ouro em Berlim e ambos premiados com o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. 

Falado inteiramente em castelhano, o filme conta com a participação dos hispanófonos Javier Bardem, Penélope Cruz, Ricardo Darín, Bárbara Lennie, Eduard Fernández, Ramón Barea e José Ángel Egido. PÚBLICO





Dia do Cineclube

14 de abril de 2019
As comemorações realizam-se de 12 a 18 de abril por todo o país.

O Dia do Cineclube comemora-se pela primeira vez a 14 de abril de 2019. É uma iniciativa promovida pela Federação Portuguesa de Cineclubes e pretende ser um momento de celebração da atividade cineclubista e lembrar o seu contributo histórico, social, educacional e cultural.

Nesta primeira edição do "Dia do Cineclube” pretende-se promover uma festa que percorra o país de norte a sul, passando também pelos Açores. As comemorações realizam-se de 12 a 18 de abril em vários cineclubes, onde se promoverá o diálogo em torno do cinema e do cineclubismo.

A escolha deste dia tem o duplo objetivo de celebrar a fundação do primeiro cineclube a nível mundial, que surge em Paris a 14 de abril de 1907, e ao mesmo tempo celebrar o aparecimento do cineclube em atividade há mais tempo em Portugal - foi no dia 13 de abril de 1945 que nasceu o “Clube Português de Cinematografia” que mais tarde acrescentou o sufixo “Cineclube do Porto”. Na passagem de 13 para 14 de abril pretende-se marcar a integração lusitana no movimento cineclubista global. 

No site da Federação Portuguesa de Cineclubes (www.fpcc.pt) pode acompanhar as comemorações desta efeméride onde se apresenta a agenda atualizada de todos os eventos organizados nos cineclubes que aderiram às festividades.

À volta desse dia, e de 2019 em diante, ocorrerá, em todos os cineclubes nacionais uma programação especial, promovendo-se o diálogo e a discussão em torno do cinema e como este pode ser um vetor essencial para a valorização cultural das sociedades.

Pretende-se ainda valorizar o contributo de cineclubistas para o relevo da atividade dos cineclubes, bem como o cinema lusófono através do Prémio António Loja Neves. 

Assim, um dos objetivos primordiais passa por divulgar o mundo do cineclubismo à população em geral, indo além do círculo habitual de cada uma das associações, co-promovendo, a FPCC em conjunto com cada cineclube, uma política de portas abertas com um conjunto de atividades diversificado. 

Os cineclubes são parte essencial de uma política de descentralização da cultura e da promoção de hábitos de consumo da cultura e do cinema em particular.

Pretende-se que este dia venha a obter uma dimensão internacional, já que a FPCC fará uma proposta à Federação Internacional de Cineclubes (FICC) para a comemoração da data e a realização de iniciativa análoga nas demais Federações que a integram. 

O “Dia do Cineclube” será, assim, um momento de celebração do cinema e da especificidade e diversidade cultural que compõe o movimento cineclubista nacional.

Em abril, fica-nos a memória do primeiro cineclube, nascido em França: 

Em 14 de abril de 1907, Edmond Benoit-Lévy, diretor da revista Phono-Ciné- Gazette, anuncia a fundação do primeiro ciné-club, instalado no 5, Boulevard Montmartre, em Paris, na sede de um cinema Pathé e da futura sociedade Omnia. Este cineclube oferecia aos seus membros, um lugar de reunião, uma sala de projeção, uma biblioteca, um Boletim Oficial do Cineclube. Tinha por finalidade “trabalhar no desenvolvimento e no progresso do cinematógrafo de todos os pontos de vista”, mas “interditando toda discussão religiosa ou política (Mannoni, 2008)1.

A data para celebrar o cineclubismo foi reconhecida pelos Cineclubes Portugueses aquando da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Cineclubes realizada a 16 de dezembro 2018.


Mannoni, L. (2008). Cineclubes e Clubes. (trad.) Correa, F., obtido a 8 de Outubro de 2018 em 
http://preservacaoaudiovisual.blogspot.com/2008/12/cineclubes-e-clubes.html

25 abril 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1451
Título original: The Mule

De: Clint Eastwood
Com: Clint Eastwood, Bradley Cooper, Michael Peña, Laurence Fishburne, Alison Eastwood, Andy Garcia
Género: Drama, Crime
Classificação: M/14
Outros dados: EUA, 2018,


SINOPSE
Afundado numa grave crise financeira, Earl Stone, um veterano da Guerra da Coreia que hoje vive da agricultura, aceita atravessar estado do Michigan a mando de um perigoso grupo de narcotraficantes, com o equivalente a três milhões de dólares em cocaína. Apesar do risco, o facto de ter 90 anos, aliado a um registo criminal imaculado, torna-o quase insuspeito aos olhos das autoridades. Mas tudo se complica quando ele se vê na mira de Colin Bates, um detective da DEA, a agência norte-americana antinarcóticos.

Produzido, realizado e protagonizado por Clint Eastwood ("Cartas de Iwo Jima", "Gran Torino", "Invictus", "Sniper Americano", "Milagre no Rio Hudson"), um filme dramático com argumento de Nick Schenk, que tem por base uma história verídica relatada no artigo "The Sinaloa Cartel's 90-Year-Old Drug Mule", da autoria de Sam Dolnick, que foi publicado no "The New York Times". Para além de Eastwood como protagonista, no elenco encontramos Bradley Cooper, Laurence Fishburne, Michael Peña, Dianne Wiest e Andy García. (PÚBLICO)




18 abril 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1450
Título original: Jiang hu er nv (Ash Is Purest White)

De: Jia Zhangke
Com: Zhao Tao, Liao Fan
Género: Drama, Romance
Classificação: M/14
Outros dados: China/JAP/FRA, 2018, 137 min.


SINOPSE
China, 2001. A jovem Qiao está apaixonada por Bin, um homem com ligações à máfia local. Durante uma escaramuça entre dois gangues inimigos, ela dispara uma arma para proteger o amante. Esse acto de lealdade resulta em cinco anos de cadeia. Anos depois, já em liberdade, decidida a retomar a história de amor que julga inacabada, vai procurá-lo. Porém, depois de tanto tempo encarcerada num lugar onde reina a rotina e a repetição, não está preparada para todas as transformações que encontrará cá fora.

Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cannes, um filme dramático sobre amor, traição e lealdade, com assinatura do aclamado realizador chinês Jia Zhang-ke ("Still Life - Natureza Morta", "24 City", "China - Um Toque de Pecado") e com os actores Zhao Tao e Liao Fan como protagonistas. (PÚBLICO)

"Jia Zhangke pertence a uma rara estirpe de cineastas capaz de modelar o tempo com a precisão de um relojoeiro" Bernardo Vaz de Castro, À pala de Walsh 

"Podemos mesmo dizer que o novo filme de Jia Zhang-ke se filia nessa grande tradição narrativa que é o melodrama, tradição que sempre ligou simbolicamente o Ocidente e o Oriente. Lembrando também o que tantas vezes se esquece ou simplifica: o espírito melodramático não nasce de qualquer exaltação abstracta do amor. Bem pelo contrário: tal como acontece em As Cinzas Brancas Mais Puras, é através do realismo mais cru que partimos à descoberta da possibilidade de o amor acontecer. Ou morrer." João Lopes, DN

"Vai buscar material ao filme de “gangsters” e ao melodrama clássico, para mostrar mais uma vez, pela história das duas personagens principais, o ambicioso chefe de um “gang” (Fan Liao) de uma cidade do interior do país, e a sua destemida namorada (a estupenda Zhao Tan, mulher do realizador e sua atriz de eleição), as colossais e aceleradas alterações sofridas pela sociedade chinesa de alto a baixo neste século, e como elas abalam e mudam vidas particulares para sempre" Eurico de Barros, Observador

"As Cinzas Brancas Mais Puras não é só sobre a China, hoje; é sobre o mundo todo, hoje, sobre o que resta quando aquilo em que acreditámos tanto tempo ficou para trás. E Jia Zhang-ke continua a ser um dos grandes cineastas do mundo, capaz de nos fazer sentir porque é que uma canção pirosa com meio século ainda nos emociona." Jorge Mourinha, Público


11 abril 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1449
Título original: Terra Franca

De: Leonor Teles
Género: Documentário
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2018, 80 min.


Estreado no Festival de Cinema du Rée, em Paris, onde recebeu o "Prix International de la Scam", “Terra Franca” fez também parte da competição oficial do DocLisboa.


SINOPSE
Depois de ter dado nas vistas com as curtas-metragens “Rhoma Acans” e “Balada de Um Batráquio” (que a transformou na mais jovem vencedora de sempre do Urso de Ouro, em Berlim),  a realizadora Leonor Teles assina a sua primeira longa documental, acompanhando a vida de Albertino Lobo, um pescador de Vila Franca de Xira, terra que a viu crescer, através de um ano inteiro.




Seleção da melhor crítica: por João Araújo, in À Pala de Walsh

O melhor filme que vi no festival, além da retrospectiva de António Reis e Margarida Cordeiro [o monumental Painéis do Porto (1963) e o belíssimo Trás-Os-Montes (1976) numa magnífica cópia restaurada], foi a primeira longa-metragem de Leonor Teles. Não é descabido pensar numa ligação entre esse legado Reis-Cordeiro e este documentário de Leonor Teles pelo embelezamento de um quotidiano mundano e uma ligação poética à natureza, mesmo que a linguagem e o campo de jogo sejam diferentes. Este é um filme sobre um pescador, que na verdade é sobre uma família, que na verdade é sobre uma comunidade, mas também sobre muito mais, sobre todos nós. Lia antes de ver o filme o que o Luís Mendonça escreveu sobre Terra Franca aquando da sua exibição no Doclisboa, que era “um filme inteiramente ‘deste mundo’”, e no fim pensava como essa era uma descrição e um elogio perfeito: este é um filme que torna este mundo como algo d’outro mundo, e esse é o seu maior feito, transformar o vulgar em sublime, os “tempos mortos” de outros em tempos vivos para nós. Começamos com Albertino, sereno e solitário no comando do seu barco, saindo de casa ainda de madrugada para dedicar-se ao rio, onde se sente confortável na tarefa que repete todos os dias, filmado aqui como um herói que não desiste. Depois conhecemos a mulher de Albertino enquanto este espera que ela abra o pequeno café que gere, numa outra rotina elevada a um momento de estoicidade. Depois, a família, as conversas à volta da mesa com as filhas e a neta, e depois ainda a vida naquele bairro de pescadores, o convívio nos cafés com os vizinhos, os jogos de futebol na televisão, os passeios com o cão, a mudança das estações do ano e ao mesmo tempo o mundo que pouco muda.

A naturalidade com que são apresentados estes movimentos de repetição, que marcam a passagem do tempo como um metrónomo, habituam-nos aos diferentes elementos do quotidiano desta família. As ténues linhas narrativas que aparecem – a perda da licença de pesca de Albertino a certo ponto, um casamento que se avizinha – são menos importantes do que expandir uma ideia de continuidade e união, de uma efemeridade que faz parte da vida. Os pequenos momentos-quadro que se sucedem mostram, através dos planos e composições pictoriais, reminiscentes de uma melancolia solene partilhada por Edward Hopper e Yasujirô Ozu, um olhar de Leonor Teles que revela uma enorme sensibilidade na preocupação de criar retratos plenos de empatia e respeito pelas suas personagens, em ceder espaço à voz própria destas pessoas, e até com algum humor, na rábula do aspirador que pontua o filme, e também carinho, pela forma como acompanha Albertino enquanto este tenta preencher os seus dias enquanto espera poder voltar ao rio, muitas vezes solitário no enquadramento. A fotografia do filme é magnífica, em particular nos momentos em que regista Albertino isolado no seu mundo, quase nas margens, tal como o trabalho de edição que, na tal repetição, constrói um sentido de tempo próprio e fiel a este mundo, e o uso da música é notável na forma como preenche momentos de silêncio com um novo subtexto – fica na memória um “quadro” em que vemos um café com as janelas embaciadas pelo calor e um cão à porta, e a música segura esse momento no tempo. Para além destes elementos, fica um filme de coração aberto, cheio de esperança e um olhar de igual para igual – à medida que avança o filme, parece que a câmara já faz parte daquela família, ou melhor, já fazemos, somos mais um – e não se pode pedir muito mais.


CONVOCATÓRIA



Estão convocados todos os associados do Octopus - Grupo de Investigação Científica e de Animação Cultural, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, pelas 17 horas e 30 minutos do próximo dia 6 de abril, sábado, no Torreão Nascente do Antigo Mercado, sito na Rua Cidade do Porto, na cidade da Póvoa de Varzim, com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS:

Ponto 1.º - Leitura e Votação da Acta da Assembleia Geral Ordinária anterior;

Ponto 2.° - Apresentação, Análise e Votação do Relatório de Contas da Direcção;

Ponto 3.º - Eleição dos novos corpos gerentes: Direcção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, para o mandato de 2019;

Ponto 4.º - Discussão de outros assuntos de interesse para a Associação.

Se à hora marcada não estiverem presentes o número suficiente de associados para a Assembleia Geral se realizar, esta funcionará em segunda convocatória, meia hora depois, com qualquer número de associados e com a mesma ordem de trabalhos.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
André Chiote Pinto Fernandes

Póvoa de Varzim, segunda-feira, 1 de abril de 2019