Ano de 1945. Com a chegada dos Aliados, a guerra na Europa está a prestes chegar ao fim. Vários soldados alemães, conscientes da derrota, optam por desertar. Um deles é Willi Herold, de 19 anos. Na sua fuga, o rapaz depara-se com um automóvel abandonado onde encontra uma mala com um uniforme de capitão. Ao vesti-lo, assume a personagem que o representa, sentindo o poder e o estatuto que lhe estão inerentes. É então que, reunindo um grupo de desertores, inicia uma vaga de assassinatos e saques sem misericórdia por todos os lugares por onde passa... Estreado no Festival de Cinema de Toronto, um filme biográfico quase totalmente a preto e branco, realizado pelo alemão Robert Schwentke ("Pânico a Bordo", "A Mulher do Viajante no Tempo", "Red: Perigosos", "Insurgente", "Da Série Divergente: Convergente"), sobre a verdadeira história de Willi Herold, um alemão julgado por crimes de guerra. Este filme é uma co-produção entre a Alfama Films de Paulo Branco, a alemã Filmgalerie 451 e a polaca Opus Film. PÚBLICO
Depois de uma separação particularmente difícil, Miriam e Antoine estão a finalizar o processo de divórcio. Têm dois filhos em comum: Joséphine, já com 18 anos, e Julien, de apenas 11. De modo a garantir a segurança dos filhos, uma vez que existe historial de violência por parte do ex-marido, Miriam pede custódia total do mais novo, algo de que Antoine discorda totalmente. Apesar dos argumentos dela e de uma carta à juíza em que Julien explica os motivos de não querer ficar aos cuidados do pai, a magistrada intercede a favor de Antoine e opta pela guarda partilhada. Usado como arma de arremesso por ambos os progenitores, o rapaz tentará encontrar um modo de evitar o pior… Um filme dramático escrito e realizado por Xavier Legrand (que aqui se estreia na longa-metragem mas que, em 2013, foi nomeado para um Óscar pela curta "Avant que de tout perdre"). Os actores Léa Drucker, Denis Ménochet, Thomas Gioria e Mathilde Auneveux integram o elenco. PÚBLICO
Ramiro é um alfarrabista que, depois de escrever um livro que se tornou um êxito, entrou em crise de inspiração. Passaram-se anos e ainda não encontrou forma de passar para a escrita as ideias que tem para uma segunda obra. Sem família, passa os dias entre a sua pequena loja, situada num dos bairros mais populares de Lisboa, e as saídas à noite com alguns amigos de copos. Mas as pessoas de quem se sente mais próximo são as vizinhas Daniela e Amélia. A primeira é uma adolescente despreocupada que está grávida; a segunda é a alegre avó de Daniela, que sofreu recentemente um AVC e se encontra em fase de recuperação. E a colorir um pouco mais a monotonia da vida de Ramiro há também Patrícia, uma rapariga simpática que há muito está apaixonada por ele... Produzido pela O Som e a Fúria, uma comédia realizada por Manuel Mozos ("Xavier", "Ruínas", "João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas Que Eu Amei"), segundo um argumento de Telmo Churro e Mariana Ricardo. Filme de abertura na 15.ª edição do Doclisboa (mesmo sendo uma obra de ficção), "Ramiro" conta com as actuações de António Mortágua, Fernanda Neves, Madalena Almeida e Sofia Marques, entre outros. PÚBLICO
Este "biopic" sobre Vincent Van Gogh apresenta-se como a primeira longa-metragem "completamente pintada do mundo". Para animar o filme, foram pintados e repintados 853 quadros a óleo, feitos por mais de 100 artistas diferentes, a partir de 130 obras do lendário pintor holandês. Ao todo, 65 mil fotogramas. A história foca-se mais na morte do que na vida do artista, com a acção a desenrolar-se um ano após a sua morte e pessoas a tentarem perceber o que é que aconteceu ao certo a Van Gogh. Um filme de Hugh Welchman, o animador britânico responsável pela BreakThru Films, produtora que ganhou um Óscar pela curta Pedro e o Lobo em 2006, e da sua esposa, a polaca Dorota Kobiela, que no currículo o filme familiar The Flying Machine, nunca saído em Portugal. Robert Gulaczyk, actor polaco conhecido pelo trabalho no teatro e com pouco créditos no cinema, dá voz ao torturado Van Gogh, num elenco que inclui também Douglas Booth, Jerome Flynn, Saoirse Ronan e Chris O’Dowd. PÚBLICO
O que têm em comum Agnès Varda, cineasta de 89 anos, e JR, fotógrafo e "street artist" de 34? Acima de qualquer outra coisa, a paixão pelas imagens. Quando se encontram pela primeira vez, percebem o sentido de um projecto a quatro mãos. Com isso em mente, fazem-se à estrada dentro da carrinha dele, percorrendo os caminhos secundários de França, onde se vão deparando com uma enorme variedade de pessoas e histórias. Os rostos delas são posteriormente convertidos em grandes painéis nas paredes de fábricas, muros ou casas. No percurso, uma amizade terna e quase mágica vai crescendo entre os dois… Agnès Varda ("Sem Eira nem Beira", "Os Respigadores e a Respigadora", “As Praias de Agnes") e JR ("Women Are Heroes - O Documentário", "Ellis") realizam assim este divertido documentário que arrecadou o prémio "L'Oeil d'Or" no Festival de Cinema de Cannes e que se encontra nomeado para um Óscar na categoria de Melhor Documentário. O filme – assim como as suas personagens –, é acompanhado pela música do cantor, compositor, produtor e guitarrista francês Matthieu Chedid. PÚBLICO
EUA, 2002. A terminar o liceu, Christine McPherson – ou Lady Bird, como prefere ser chamada – mal pode esperar por entrar na faculdade, de preferência bem longe de Sacramento (Califórnia), a cidade de onde nunca saiu. A mãe, uma enfermeira incansável que se desdobra em empregos para pagar as despesas familiares, acha a ideia absurda e despropositada. Contudo, determinada a conquistar o mundo a qualquer custo, Lady Bird não deixa de lutar para concretizar esse sonho. Enquanto Setembro não chega, ela vai vivendo o dia-a-dia com a naturalidade própria da adolescência, entre amores, desamores, conflitos e reconciliações… Uma comédia dramática sobre as dores do crescimento que marca a estreia na realização da actriz Greta Gerwig. "Lady Bird" foi nomeado para cinco das principais categorias dos Óscares: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Actriz Principal e Secundária. PÚBLICO
Depois de mais de uma década de vida em comum, Boris e Zhenya (Alexey Rozin e Maryana Spivak) atravessam um doloroso processo de divórcio. A prendê-los está apenas a mágoa, a raiva mútua e Alyosha (Matvey Novikov), o filho de 12 anos, que nunca foi desejado ou verdadeiramente amado por nenhum deles. Boris e Zhenya estão ansiosos por abandonar o casamento e recomeçar a sua vida: ele com a nova namorada; ela com seu parceiro rico. Nenhum parece importar-se com a tutela de Alyosha. Até que, um dia, o rapaz desaparece sem deixar rasto… Nomeado para o Óscar de Melhor Filme, uma história dramática que, tal como o nome indica, fala sobre o vazio de afectos. A realização cabe ao multipremiado cineasta russo Andrey Zvyagintsev, responsável por "O Regresso" (2003), que lhe valeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza; "Elena" (2011), Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes; ou "Leviatã" (2014), que ganhou o Prémio de Melhor Argumento em Cannes, venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e foi nomeado para um Óscar na mesma categoria. PÚBLICO
Florida, EUA. Moonee tem seis anos e vive com Halley, a mãe, num motel de beira de estrada próximo do parque da Walt Disney. Ela é alegre e inteligente e os seus dias são passados a brincar com as crianças que ali habitam; já Halley é uma jovem inconsequente que sobrevive graças a subsídios estatais e alguns biscates mais ou menos legais. Mas é Bobby, o gerente, quem vai garantindo a segurança necessária àquele pequeno grupo de crianças, que o olham como se de um verdadeiro pai se tratasse… Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático escrito e realizado por Sean Baker ("Tangerine"). No elenco participam os actores Brooklynn Prince, Christopher Rivera, Valeria Cotto, Aiden Malik, Bria Vinaite e Willem Dafoe, entre outros. PÚBLICO
Chico (Pedro Marujo) acaba de terminar o curso. Com dificuldade em entrar no mercado de trabalho, ele e alguns amigos próximos passam um Verão em Lisboa, em busca de solução. Um pouco à deriva, Chico acaba por gastar o tempo em festas e noitadas constantes, de que não ficam de fora as drogas, as paixões e algumas desilusões amorosas. Produzido quase sem orçamento, "Verão Danado" é a primeira longa-metragem de Pedro Cabeleira, um realizador saído da Escola Superior de Teatro e Cinema que, com este filme, pretende propor um retrato da geração recém-licenciada à beira de entrar no mundo do trabalho. Com este filme, Cabeleira recebeu uma menção especial no palmarés da competição Cineasti del Presente (primeiras e segundas obras), no Festival de Cinema de Locarno (Suíça). PÚBLICO