31 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1487

Título original: Dolor y Gloria

De: Pedro Almodóvar
Com: Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Leonardo Sbaraglia, Penélope Cruz, Raúl Arévalo
Género: Drama
Classificação: M/16
Outros dados: ESP, 2019, Cores, 113 min.


Cannes 2019 - Vencedor Melhor Ator (António Banderas)


SINOPSE
O espanhol Salvador Mallo possui uma extensa e aclamada carreira internacional como realizador de cinema. Agora, solitário, doente e a atravessar uma crise de inspiração, faz uma reflexão sobre as escolhas feitas ao longo da vida. As suas memórias conduzem-no à infância, numa pequena aldeia espanhola, até aos tempos de juventude e idade adulta, já na cidade de Madrid. Essa viagem fá-lo avaliar a sua relação com os pais, os amigos e amantes; assim como os sentimentos de alegria, tristeza e perda que foram deixando marcas profundas e o transformaram no que é hoje, enquanto homem e cineasta.

Com Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Penélope Cruz, Julieta Serrano e Leonardo Sbaraglia nos papéis principais, uma história dramática de teor autobiográfico que é a 21.ª longa-metragem do multipremiado realizador espanhol Pedro Almodóvar – que, entre muitos outros prémios, recebeu os Óscares de melhor filme estrangeiro com "Tudo Sobre a Minha Mãe" (1999) e de melhor argumento original com "Fala Com Ela" (2002)

Corriere Della Sera -
Cahiers du Cinéma - 
Le Monde - 
The Guardian -   

Notas da Crítica:

“a obra prima da maturidade de Almodóvar”. - Diário de Notícias

“o diretor espanhol refinou a fórmula do melodrama a tal ponto que criou um novo género.” - HuffPost Brasil





24 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1486

Uma parceria com o festival 3 a SOLO

Título original: Leto

De: Kirill Serebrennikov
Com: Teo Yoo, Irina Starshenbaum, Roman Bilyk
Género: Biografia
Classificação: M/12
Outros dados: RUS/FRA, 2018, Cores, 126 min.


Festivais e Prémios:
Cannes: seleção oficial Palma d’Ouro e Melhor compositor
European Film Awards: Melhor diretor de arte
Russian Guild of Film Critics: Melhor realizador, Melhor compositor, Melhor diretor de arte
IndieLisboa 2019 - seleção para o Indie Music
Outros festivais: Gotemburgo, Londres, Hamburgo, Hamptons, Karlov Vary, Palm Springs


SINOPSE
No princípio da década de 1980, a cultura "underground" chegava à Rússia Soviética. Sob a influência de artistas internacionais, como Led Zeppelin ou David Bowie, o rock agitava multidões, marcando uma geração de músicos de várias idades e géneros. Viktor Tsoi, de 19 anos, ganha notoriedade no panorama musical e torna-se um marco cultural daquela época. Este filme debruça-se sobre os primeiros tempos da sua carreira, assim como alguns dos momentos mais polémicos da sua vida pessoal, entre eles o triângulo amoroso entre ele, o músico Mayk Vasilievich Naumenko e Natasha, mulher deste.

Um drama musical realizado por Kirill Serebrennikov ("O Dia de Yuri", "(M)uchenik"), cineasta e encenador russo que se encontra em prisão domiciliária no seu país desde 2017 por alegada fraude – acusação que, para muitos, não passa de uma retaliação do Kremlin pelas suas posições contra o sistema. (fonte: Público)


Rolling Stone   
The Guardian   
Público 

Notas da Crítica:

Sublime - Les Inrocks

A nossa Palma d’Ouro - Le Figaro

Maravilhoso - Time

Uma odisseia cultural (e musical) - DN

A vibrant portrait of Leningrad’s underground ’80s rock scene - LA Times





17 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1485

Título original: Lupo

De: Pedro Lino
Com: Brigitta Wagner, Cláudio Simon, Daniela Neumann
Género: Documentário
Outros dados: POR, 2019, Cores, 85 min.


CINEUROPA Audience Award - Melhor Filme
Golden Lynx Award - Menção Honrosa no
FEST 2018 - New Directors New Films Festival
IndieLisboa 2018 - sessão Director's Cut

SINOPSE
Sete países, três pseudónimos, duas famílias e, filme após filme, Rino Lupo foi alguém que fez o oposto do que a sociedade esperava. Um contador de histórias com uma veia rebelde, um realizador irrequieto com um sentido de aventura, um sonhador ambicioso. 

Mas quem foi afinal Rino Lupo? E como é que um personagem tão extraordinário caiu em tamanho esquecimento? Artista único e invulgar, a sua obra acompanhou a história do nascimento do Cinema de perto. Realizou alguns dos melhores filmes mudos em Portugal, desaparecendo misteriosamente no início dos anos 30. Através desta vida fora do comum, resgatam-se as memórias esquecidas das primeiras décadas da Sétima Arte. E a vida de alguém que nunca desistiu dos seus sonhos.



Notas da Crítica:

“A vida de Rino Lupo deu um filme e não é o documentário do costume”. - Público

“É intrigante a energia que o realizador põe na sua narrativa, competentíssima nos materiais que convoca”. - Expresso




Excerto de Crítica: por Jorge Mourinha, in Público
Não é um documentário clássico – nem podia ser, visto que Cesarino Lupo (1884-1936) deixou muito pouca informação. “Nem a própria família dele em Portugal sabe muito,” diz o realizador Pedro Lino. Por isso, "Lupo" é uma investigação sobre alguém que, oriundo de uma família da alta burguesia italiana, viveu permanentemente em viagem, desenrascando-se através de vários expedientes. Era uma figura claramente apaixonada pelo cinema, que já tinha trabalhado como ator e realizador antes de chegar a Portugal; mas igualmente um oportunista que não hesitava em aproveitar o que lhe aparecesse à frente para sobreviver – foi aliás por aí que a sua reputação se “queimou”, com rodagens que ultrapassavam o orçamento e que não resultavam em sucessos de bilheteira. “Mais do que uma história de um detetive à procura do Rino Lupo, o filme é a história de um realizador a procurar outro realizador, a tentar perceber como é que cada desafio o fazia sentir-se,” explica Lino, que encontrou o nome pela primeira vez ao ler sobre Manoel de Oliveira.



10 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1484


Título original: Pájaros de Verano
De: Cristina Gallego, Ciro Guerra
Com: Carmiña Martínez, José Acosta, Natalia Reyes
Género: Drama
Outros dados: DIN/MEX/Colombia, 2018, 125 min., M/14


Cannes - Quinzena dos Realizadores, Seleção Oficial
Óscar - Shortlist na Nomeação para Melhor Filme Estrangeiro


SINOPSE
Durante a década de 1960, os EUA vêem nascer o movimento “hippie” na altura em que, entre muitas outras coisas, se vulgariza o consumo de estupefacientes. Alguns anos mais tarde, decididos a fazer fortuna, um grupo de norte-americanos investe em Guajira, na Colômbia, onde estabelecem uma plantação de marijuana com o intuito de a exportarem para o seu país. É assim que uma família da tribo Wayuu é atraída para o negócio de tráfico de droga. Ao aceitarem as condições de produção, os Wayuu descobrem o poder do dinheiro fácil, mas também os riscos resultantes da ganância, que ameaça destruir os seus costumes e tradições.

Estreado no Festival de Cannes, um drama baseado em factos verídicos sobre a origem do narcotráfico na Colômbia. Com realização de Ciro Guerra (“O Abraço da Serpente”) e da estreante Cristina Gallego, conta com Natalia Reyes, Carmiña Martínez e Jose Acosta nos papéis principais. (fonte: Público)


Libération  
Le Monde    
Cahiers du Cinema  


Notas da Crítica:

É visualmente deslumbrante, poético e em total domínio da terra e dos sons em seu redor - Sábado

Um filme impressionante (...) uma grande produção colombiana que nos leva até à fundação de um temível mundo novo. - Visão

Guerra e Gallego entregam ao público uma jóia sobre o tráfico de drogas a partir de um ponto de vista inovador e pessoal, com a maestria visual e temática somente possível com o conhecimento de causa dos realizadores. - C7nema

 Uma saga de crime, apresentada com grande beleza e um ritmo demorado, condimentada com tradições nativas - The Hollywood Reporter

Uma epopeia sul-americana de droga como nunca se viu - Variety

Uma história arrebatadora - Screen Daily

Uma violenta saga de crime no deserto - IndieWire

Uma extensa história de droga, dotes e tradições indígenas - The Guardian

Um Scarface tribal e halucinado na Colômbia - Le Monde





03 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1483

Uma parceria com o festival É-Aqui-in-Ócio

Versão Restaurada 4K

Título original: Ran
De: Akira Kurosawa
Com: Tatsuya Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu
Género: Drama, Guerra
Outros dados: JAP/FRA, 1985, 160 min., M/12


SINOPSE
Este grandioso filme de Akira Kurosawa adapta a peça Rei Lear aos temas e ambientes do Japão Medieval, com o episódio de um velho guerreiro que decide repartir as suas terras pelos três filhos, desencadeando uma luta de poder entre os irmãos, que termina de forma trágica.
Esta grandiosa produção, pela forma tão cuidadosa e precisa como foi pensada e realizada, resulta num inesquecível espetáculo visual, rico na sua dramaturgia e detalhes, e foi amplamente premiada, nomeadamente com o Óscar para melhor guarda roupa e vários BAFTA.



Notas da Crítica:

uma versão sui generis do Rei Lear de Shakespeare. Agora em cópia restaurada, Ran confirma-se como obra maior de um cineasta que não foi parco em clássicos” - PÚBLICO 

“as sequências de combate não se esquecem”. - Sábado

Ran, palavra japonesa que significa “caos”, é a história do velho Lear de Shakespeare, o “leão no Inverno” que desbarata o reino, que Kurosawa transpôs para o Japão”. - PÚBLICO

“o mais épico dos épicos, assim como o mais cruel e belo - um monumento cinematográfico” - Magazine-HD

“A visual masterwork. A film that stands outside time and fashion” - N. Y. Times

“…a great, glorious achievement.” - Roger Ebert, Chicago Sun-Times

“A film born of rare greatness… impossible to forget” - Empire





SESSÃO AO AR LIVRE

CANCELAMENTO

Lamentamos informar que devido à previsão de condições meteorológicas adversas para sábado à noite e dias seguintes, incompatíveis com a realização de uma sessão de cinema ao ar livre, a exibição do documentário “Um Conto de Duas Cidades" no jardim da Casa Manuel Lopes está cancelada.




De: Morag Brennan e Steve Harrison

Portugal/Reino Unido · 2017 · Doc · 85’


SINOPSE:
Um filme sobre a Póvoa de Varzim nas décadas de 1950 e 1960, tendo como protagonistas as pessoas da cidade.

O filme começa com a célebre fotografia tirada pela conceituada realizadora Agnès Varda, recém falecida, na sua passagem pela Póvoa de Varzim nos anos 50. Nessa fotografia com Maria do Alívio aos 16 anos, a andar descalça pela Rua das Lavadeiras, debaixo do icónico cartaz publicitário com a diva Sophia Loren, é o pretexto para contar a história de duas Póvoas muito diferentes: a comunidade piscatória e a realidade brutal de um modo de vida tradicional, e a cidade turística e os indivíduos que a começaram a projetar nacionalmente como um concorrido destino de férias.

O filme oferece essa viagem histórica a um mundo que agora está praticamente esquecido, mas também a uma sociedade portuguesa marcada pelo Salazarismo de má recordação. Para o ditador, a Póvoa de Varzim representava um singular repositório de memórias ligadas à heroica gesta marítima, mas também seria o cenário dramático para o confronto entre a ditadura do Estado Novo e o homem que jurou derrubá-lo, o General Humberto Delgado. Este “Conto de Duas Cidades” é contado através de entrevistas de testemunhas oculares, às vezes hilariantes e outras vezes dolorosas, mas sempre inspiradoras e reveladoras.


Notícia:
Maria do Alívio tinha 16 anos quando foi apanhada pela lente de Agnès Varda a passar sob uma imagem de Sophia Loren. Um casal britânico quis saber a sua história e acabou a realizar um filme sobre a dicotomia entre pescadores e turistas.

Rita Neves Costa, in Público, 30/05/2019

19 setembro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1482

Título original: Foxtrot

De: Samuel Maoz
Com: Lior Ashkenazi, Sarah Adler, Yonaton Shiray
Género: Drama
Classificação: M/12
Outros dados: ALE/SUI/FRA/ISR, 2017, 108 min.



SINOPSE
Tel Aviv, Israel. Michael e Daphna recebem a notícia de que o filho, soldado das forças armadas, morreu durante um conflito. As autoridades israelitas recusam-se a dar detalhes do sucedido. Entretanto, vêm a perceber que os oficiais se enganaram. Zangado com o equívoco, Michael exige que as forças armadas façam o filho regressar a casa.

Um filme dramático realizado e escrito por Samuel Maoz ("Líbano") que recebeu o Grande Prémio do Júri (Leão de Prata) no Festival de Cinema de Veneza em 2017 e que foi também vencedor de oito prémios Ophir da Academia de Cinema de Israel – entre eles, o de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Ator (Lior Ashkenazi) e Melhor Direção de Fotografia (Giora Bejach). (Fonte: Público)



Notas da Crítica:

o absurdo da guerra e a culpa da sobrevivência no que é um dos grandes filmes a estrear em 2019.” -PÚBLICO

“retrato das nuances da identidade israelita que me parece um dos três ou quatro melhores filmes neste ano lançados entre nós.” - João Lopes, in DN

“a Brilliant Portrait of Israeli Frustrations” - IndieWire





12 setembro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1481

Título original:  Se rokh / 3 Faces

De: Jafar Panahi
Com: Behnaz Jafari, Jafar Panahi, Marziyeh Rezaei
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: Irão, 2018, 100 min.



SINOPSE
Behnaz Jafari, uma actriz iraniana muito popular, recebe um vídeo da jovem Marziyeh, a quem a família proibiu de estudar. O seu maior desejo é entrar no Conservatório de Teatro de Teerão e acha que, uma vez que a família gosta muito dos filmes da actriz, talvez ela os consiga convencer a deixá-la prosseguir os estudos. Comovida por essa história, Jafari contacta o realizador Jafar Panahi, seu amigo. Cúmplices, os dois seguem viagem até à aldeia de Marziyeh. No percurso, vão conhecer vários habitantes daquele lugar remoto, onde a generosidade das gentes se mistura com preconceitos e tradições profundamente enraizados.

Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes – onde recebeu o prémio de melhor argumento –, um drama em estilo "road movie" que conta com assinatura do aclamado realizador iraniano Jafar Panahi ("Fora-de-Jogo", "Isto Não É Um Filme", "Táxi"). (Fonte: Público)


Notas da Crítica:

“a misoginia iraniana vista pelo olhar de três gerações de mulheres” - Insider Film .pt

“quase inacreditável a maneira como Jafar Panahi, em situação de liberdade condicionada (e oficialmente proibido de filmar pelas autoridades do seu país), consegue ainda assim, clandestinamente, rodar novos filmes com regularidade” - PÚBLICO  ★ ★

“explora o feminismo e a forma como as mulheres continuam a ser tratadas no Irão, em especial em regiões mais isoladas. Ao mesmo tempo, traça um retrato do Irão mais "profundo", numa espécie de road movie, por estradas estreias e sinuosas, em que as buzinadelas funcionam como código entre condutores.” - Hoje Vi(vi) um Filme