27 fevereiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1503

Título original: 1917

De: Sam Mendes
Com: Andrew Scott, Benedict Cumberbatch, Mark Strong, Richard Madden, Colin Firth
Género: Drama, Guerra
Outros dados: GB/EUA, 2019, 118 min.


SINOPSE
Em Abril de 1917, com a Primeira Grande Guerra a atingir o seu auge, Schofield e Blake, dois jovens soldados britânicos, ficam encarregues de uma missão urgente: atravessar território inimigo e entregar, em mãos, uma mensagem que salvará a vida dos 1600 homens que incorporam o segundo batalhão do Regimento Devonshire, onde também se encontra o irmão de Blake.

Com produção, realização e argumento de Sam Mendes ("Beleza Americana", "Revolutionary Road", "007: Skyfall"), um drama sobre coragem e companheirismo que se inspira numa história contada pelo escritor trinitário-tobagense de origem portuguesa Alfred Mendes, avô paterno do realizador, que serviu o exército britânico durante a guerra.



Prémios e Festivais:
Globos de Ouros - Vencedor de Melhor Filme-Drama e Melhor Realizador
Nomeado para 10 Óscares
Nomeado para 9 BAFTA - Venceu MELHOR FILME, Realização, Dir. Fotografia, Dir. de Arte, Som e Ef. Visuais. 


Diário de Notícias ★★★★★
The Guardian ★★★★★
Den of Geek ★★★★★
The Times ★★★★★
Time Out ★★★★★
Público ★★


Notas da Crítica:

«1917 é a obra-prima do ano - e tem mesmo de ser visto no cinema» - New In Town



«Um daqueles empreendimentos de cinema que deixam o espectador mesmerizado. Uma coisa é certa: nunca se viu nada assim» - Expresso

«É um trabalho de realização e de direção de fotografia absolutamente soberbo.» - New In Town

«o filme favorito ao Oscar 2020 tem um visual memorável» - O Globo

«Magistral. Uma imersão no coração do caos» - Le Journal du Dimange

«Uma experiência imersiva e absolutamente incrível» - Europa 1

«Uma façanha cinematográfica ao serviço de uma história apaixonante» - Le Parisien


«The best film of the year» - Forbes

«Sam Mendes turns western front horror into a single-shot masterpiece» - The Guardian


«The Golden Globe winner '1917' is a bold war movie whose striking cinematography demands to be seen on the big screen» - Business Insider



Seleção de crítica: por João Lopes, no Diário de Notícias.

«Será que o cinema é essa coisa estranha e sedutora que pode ser "maior do que a vida"?... Não há nenhuma resposta linear, muito menos científica, a tal pergunta. O certo é que, face a 1917, o novo filme de Sam Mendes, reencontramos a magia de tal expressão.

Porquê? Porque o filme não nos enreda nessa arte menor de novelas e telenovelas, tentando disfarçar a sua pequenez narrativa com a sugestão de que a vida é "mesmo" assim. E escusado será dizer que também não estamos perante a rotina entediante dos filmes de "super-heróis", Marvel & afins, que insistem em promover o cinema como uma acumulação preguiçosa de "efeitos especiais".

Dito de outro modo: o cinema pode ser algo que nos convoca para a vida, não porque a "reproduza", mas porque o que nele acontece... tem vida! Mais do que isso: o cinema pode ser hipersofisticado na sua fabricação técnica sem que isso implique qualquer endeusamento beato da própria tecnologia.»



20 fevereiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1502

Sessão integrada na programação oficial do Correntes D’Escritas 2020.

E contará com a presença do realizador Edgar Pêra.

Título original: O Homem-Pykante - Diálogos kom Pimenta

De: Edgar Pêra
Género: Documentário
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2018, 75’


SINOPSE
Nascido no Porto, a 26 de dezembro de 1937, o português Alberto Pimenta é um conhecido poeta, narrador, ensaísta, "performer" e professor universitário que desenvolveu uma vasta obra poética e performática, transformando-se numa das mais importantes figuras da cultura portuguesa.

Este documentário, da autoria de Edgar Pêra ("Manual de Evasão", "O Barão", "O Espectador Espantado"), agrupa "performances" e leituras de Pimenta, assim como imagens de arquivo e conversas dele com o realizador, desde 1994 até aos dias de hoje. (fonte: Público)


"Um sorriso é mais barato que a eletricidade e dá mais luz à mocidade” - Alberto Pimenta

Prémios e Festivais:
Seleção Oficial Festival de Roterdão 2019
Mostra de São Paulo International Film Festival 2018
Special Screening at Indie Lisboa 2018


Notas da Crítica:

«Num dos seus filmes mais divertidos e profundos de sempre, Edgar Pêra concentra 24 anos de cumplicidades com a pluma afiada do poeta Alberto Pimenta. É muito mais do que um ‘documentário sobre alguém’ ou ‘alguma coisa’.» - Expresso

«Não estamos, assim, perante um documentário pertencente ao modelo tradicional "artes & letras".» - Cinemax

«Edgar Pêra coloca o seu carrocel multimedia ao serviço da personalidade performativa de Alberto Pimenta.» - Público



Seleção de crítica: por João Lopes, no RTP-Cinemax.

As palavras e o seu picante
«Reforçando o seu gosto por um cinema que insiste em discutir o modo como conhecemos o mundo à nossa volta, Edgar Pêra dialoga com o escritor Alberto Pimenta para redescobrir e celebrar a energia primordial das palavras.

Edgar Pêra é um cineasta — entenda-se: um criador de imagens e sons — que gosta de discutir, ora com gravidade, ora com ironia, os poderes de comunicação das palavras. Tal gosto manifesta-se, por exemplo, no título do seu "O Homem Pykante - Diálogos com Pimenta". 

Pimenta porque se trata, de facto, de dar a conhecer uma série de diálogos com o poeta, escritor, ensaísta e professor universitário Alberto Pimenta. O certo é que tal objectividade na identificação da pessoa retratada se transfigura através da associação do seu apelido à palavra picante, para mais (re)escrita com um festivo "y".

Não estamos, assim, perante um documentário pertencente ao modelo tradicional "artes & letras". O que aqui acontece não decorre da vontade de fazer um retrato descritivo. Ou melhor: trata-se de recusar as ilusões deterministas das matrizes televisivas dominantes neste tipo de filmes, celebrando um acontecimento visceral — qualquer descrição é reinvenção. 

Daí que "O Homem Pykante" aposte em formas de cumplicidade formal com a obra de Alberto Pimenta, em particular com os seus poemas, utilizando o ecrã e a banda sonora como lugares de descoberta da energia mais secreta, ou menos aplicada, das palavras. Este é, por isso, um filme que nos recorda que, para além dos dispositivos de investigação a que possamos recorrer, conhecemos sempre o mundo através das palavras que convocamos — eis uma saudável pedagogia, não isenta de humor.»




TRAILER HOMEM-PYKANTE from Nitrato Filmes on Vimeo.

06 fevereiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1501

Título original: J'accuse

De: Roman Polanski
Com: Jean Dujardin, Louis Garrel, Emmanuelle Seigner
Género: Drama, Thriller, Histórico
Outros dados: FRA/ITA, 2019, 132 min.


SINOPSE
Adaptação do romance do mesmo título de Robert Harris, O Oficial e o Espião (que será agora também reeditado em Portugal), o filme retoma o célebre caso Dreyfus – um oficial do exército, judeu, injustamente condenado por alta traição – e é uma obra incontornável e de tremenda atualidade e que confirma Polanski como um dos maiores realizadores do cinema contemporâneo.


Prémios e Festivais:
Festival de Veneza 2019 - Grande Prémio do Júri
12 nomeações para os prémios César do cinema francês


Notas da Crítica:

«De uma modernidade arrebatadora e de uma atualidade que queima» - L’Express

«Um filme cuja violência é subterrânea e cujo tema, o antisemitismo, é mais atual do que nunca» - Le Nouvel Observateur

«Um filme do lado do cinema, do lado da arte, um campo ao qual não é fácil juntarmo-nos nos dias que correm» - Libération

«It's an absolute masterclass in how to make an historical film» - London Evening Standard

«A work destined to endure in time beyond its controversies» - Fotogramas

«The attention to detail and the emotional power of events is breathtaking» - France24

«Addictive» - Cinemanía (Spain)


Seleção de crítica: por Vasco Câmara, no Público.

«Filme magnífico sobre o fim de um tempo, J’Accuse, sobre o “caso Dreyfus” que dividiu a França na passagem do século XIX para o século XX. Não é, de facto, um filme qualquer. Mas por outras razões: porque nem todos os filmes exibem esta determinação, esta potência e este foco narrativo. Polanski, recorde-se, tem 86 anos. Mas também será por isso que J’Accuse, filmado a partir do livro An Officer and a Spy, de Robert Harris, sobre o “caso Dreyfus”, o escândalo político-judicial que dividiu a França na passagem do século XIX para o século XX, exibe tanta sabedoria, prescindindo do acessório na reconstituição dos cantos de uma Paris sombria (magistral lição de economia de meios para todos os que se atrevem ao filme de época) e de um processo judicial, e no retrato de uma sociedade à beira da catástrofe e da instituição militar que a suporta, com a sua arrogância ruinosa, letal.

J’Accuse foi o título da célebre carta que Emile Zola publicou no jornal L’Aurore em 13 de Janeiro de 1898. Dirigindo-se ao presidente da República Francesa, Félix Faure, acusava membros do aparelho militar e do governo de terem sido cúmplices na forjada condenação por traição – por passagem de documentos classificados aos alemães – de um inocente, o oficial de artilharia judeu Alfred Dreyfus. Dreyfus foi degredado para a Ilha do Diabo, um inferno que consumiu dez anos da sua vida, até finalmente ser ilibado. O “caso”, que dividiu a sociedade de um tempo banhado em antisemitismo, anunciou o que estava por vir no século XX, o Holocausto. Como diria Louis Garrel: o “caso Dreyfus” é uma história francesa que todos conhecem e que ninguém conhece.»




30 janeiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1500

Título original: Technoboss

De: João Nicolau
Com: Miguel Lobo Antunes, Luísa Cruz, Américo Silva, Sandra Faleiro
Género: Romance, Musical
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2019, 112 min.

SINOPSE
Luís Rovisco (Miguel Lobo Antunes) é diretor comercial de uma empresa de equipamentos de segurança. Divorciado há já vários anos e prestes a entrar na tão ansiada reforma, reencontra casualmente Lucinda, uma antiga paixão que ele tentará recuperar a todo o custo. Esse encontro dá-lhe uma nova esperança no futuro e uma vontade enorme de ser feliz.

Estreado mundialmente na secção competitiva do Festival de Cinema de Locarno (Suíça), esta é a terceira longa de ficção com assinatura do português João Nicolau, depois de "A Espada e a Rosa" (2010) e "John From" (2015).
(fonte: PÚBLICO)

Prémios e Festivais:
Vencedor do Grande Prémio  no Festival de Sevilha 2019

Festival de Locarno – seleção oficial

Notas da Crítica:

«Lo-Fi Surrealist Musical Road Movie» - Screen Anarchy

«Pelos caminhos do Portugal surreal» - Euronews




Seleção de Crítica: por Ignacio Pablo Rico, in Cine Divergente

El final de nuestra etapa productiva y la posibilidad de revivir, en el otoño de la existencia, un amor con espíritu juvenil, son los temas principales de Technoboss. Pese al inusual tratamiento que João Nicolau otorga a su última película hasta la fecha —un musical estrafalario, que combina recursos teatrales y cinematográficos en una estructura libérrima hasta lo derivativo—, nos hallamos ante un filme tan convencional en su discurso como producciones de Hollywood argumentalmente asimilables; pensemos en Cuando menos te lo esperas (Something’s Gotta Give, Nancy Meyers, 2003) o la más reciente Recuérdame (Remember Me, Martín Rosete, 2019). Las formas disonantes, anti-mainstream, con las que opera Technoboss no son capaces de generar nuevas perspectivas sobre el «cine geriátrico» —como lo define Diego Salgado— más allá del manido renacimiento del héroe a través de un romance que quedó suspendido en un pasado del que se avergüenza. No obstante, el dispositivo formal de Nicolau provoca efectos más interesantes si tenemos en cuenta que nos hallamos ante una bufonada de tono marcadamente costumbrista. Ahí es donde las peculiaridades de este inefable Luís Rovisco adquieren una condición casi extraterrestre, pero siempre dentro del molde de la comedia de costumbres. Technoboss merece destacarse especialmente por algunos tramos divertidos, siempre ligados a esa noción de la realidad cotidiana como caldo de cultivo para modos de locura que, por hábito o supervivencia, hemos decidido normalizar.


23 janeiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1499

Título original: Grâce à Dieu


De: François Ozon
Com: Melvil Poupaud, Denis Ménochet, Swann Arlaud, Éric Caravaca
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: FRA/BEL, 2018, 137 min.



SINOPSE
Três homens em Lyon juntam forças para denunciar o padre que abusou sexualmente deles quando eram escuteiros e que continuou a trabalhar com crianças. Este filme de François Ozon é inspirado em factos reais (os casos Preynat e Barbarin) que se passaram naquela cidade francesa e que levaram um cardeal a ser acusado na justiça, por ter encoberto um padre acusado de pedofilia.



Prémios e Festivais:
Grande Prémio do Júri – Festival Internacional de Cinema de Berlim

Le Monde ★★★★
Les Inrockuptibles ★★★★
Paris Match ★★★★
Première ★★★★
Télérama ★★★★
Rolling Stone ★★★★
Le Nouvel Observateur ★★★★
Le Figaro ★★★★


Notas da Crítica:

É o caso Spotlight francês - Sábado

A partir de um caso real, François Ozon assina ao mesmo tempo um enorme filme político, interrogando a sociedade, e um retrato justo de homens frágeis mas nunca fracos.
Pierre Charpilloz, Band à Part ★★★★★

François Ozon demonstra, a cada filme, que é um dos melhores cineastas franceses com a sua arte de se apoderar de um assunto, muitas vezes da sua autoria. Está na linha de um Chabrol, de um Truffaut, de um Sautet, quando dão o melhor de si mesmos, com é o caso deste filme. Graças a Deus.
Jacky Bornet, Culturebox - France Télévisions ★★★★★

É difícil escrever “magnífico”, “formidável”, “genial”, tendo em conta o assunto do filme. Mas o filme é isso mesmo.
Eric Libiot, L' Express ★★★★★

O assunto do filme é de tal maneira forte que a mise en scène parece invisível; mas não deixa de ser magistral. De uma história de segredos onde a palavra é primordial, Ozon constrói um filme sobre a palavra, a sua construção, a sua repressão, a sua libertação e … a sua perversão: Mankiewicz e Rohmer não o renegariam.
Stéphane Goudet, Positif ★★★★★

Além de uma crónica sensível de um drama coletivo, François Ozon executa na perfeição um filme político.
Thomas Sotinel, Le Monde ★★★★



16 janeiro 2020

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1498

Título original: Sorry We Missed You

De: Ken Loach
Com: Kris Hitchen, Debbie Honeywood, Nikki Marshall
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: GB/FRA/BEL, 2019, Cores, 101 min.


SINOPSE
Após a grave crise financeira de 2008, que pôs em causa a estabilidade de milhões de cidadãos em todo o mundo, o inglês Ricky Turner, pai de família, esforça-se para ter sempre um prato de comida na mesa. Com cada vez mais dificuldade em pagar as despesas, toma uma decisão arriscada: comprar uma carrinha e trabalhar por conta própria num "franchise" de entregas ao domicílio. Contudo, não imaginava as imensas contingências que um trabalho desses implicaria. Sem ordenado fixo a cada final de mês, Ricky vê-se a trabalhar quase continuamente. Com o passar dos meses, a falta de dinheiro, associada ao excesso de trabalho e às preocupações com o negócio, quase o levam ao desespero.

Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático com assinatura do multipremiado realizador britânico Ken Loach. O argumento cabe novamente a Paul Laverty, colaborador de Loach em vários outros filmes, entre eles "A Canção de Carla" (1996), "O Meu Nome é Joe" (1998), ou "Eu, Daniel Blake" (2016). (fonte: PÚBLICO)

Prémios e Festivais:
Festival de Cannes 2019 – seleção oficial

Vencedor de Melhor Atriz no Festival de Chicago 2019
Vencedor de Melhor Filme Europeu no Festival de San Sebastián 2019
Vencedor de Melhor Filme no Festival de Lubliana 2019


The Independent -
The Guardian -
The Hollywood News -
Evening Standard -  
The Telegraph -  
The Financial Times -  
Time Out -  
Daily Mail -  
The List -  
Corriere Della Sera -  
La Stampa -  
RTP/Cinemax -  


Notas da Crítica:

Totally unmissable cinema - The Hollywood News

«Ken Loach delivers one of his best films» - Screen Daily

«Riveting… A drama of searching empathy» - Time Out

«Utterly absorbing» - The Independent

«Brilliant» - The Guardian

«Powerful» - Variety