19 agosto 2021

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1539


Sweet Thing - Infância à Deriva

Título original: Sweet Thing


De: Alexandre Rockwell

Com: Lana Rockwell, Nico Rockwell, Will Patton

Género: Drama

Classificação: M/14

Outros dados: EUA, 2020, Cores, 91 min.



SINOPSE

A adolescente Billie e Nico, o seu irmão mais novo, têm problemas em casa do pai, que é alcoólico, e da mãe, que é negligente. Isso leva-os a fugirem e a tentarem encontrar um sítio onde possam estar melhor. É esta a premissa do regresso à realização de Alexandre Rockwell, nome importante do cinema independente norte-americano das décadas de 1980, 1990 e 2000 que já não filmava desde "Little Feet", de 2013. Tal como nesse filme anterior, "Sweet Thing" envolve a família de Rockwell, já que Lana e Nico Rockwell, os protagonistas, são seus filhos, sendo que a mãe, Karyn Parsons, também faz parte do elenco como mãe deles. (Fonte: CineCartaz)



Prémios e Festivais:

Festival de Berlim - Melhor Filme Generation Kplus

Festival da Cidade do Quebec - Melhor Filme 


Rotten Tomatoes - Classificação: 95%



Por Quentin Tarantino:


«É um dos mais poderosos novos filmes que vi em anos. Todo o filme tem alma, mas o facto de Alexandre Rockwell ter escolhido filmar em película de 16mm a preto-e-branco, dá-lhe uma essência divina. Mas é a interpretação da sua jovem protagonista Lana Rockwell que nos assombra quando o filme termina. A forma como ela carrega a sua dignidade aos ombros enquanto se movimenta precariamente através da inquietação extenuante que é a sua vida, é como ela transporta o filme e o espectador através do terreno de Rockwell.»



Site Oficial



Seleção de crítica: por João Lopes, no Cinemax-RTP.


Crónica a preto e branco, fábula a cores...


“Assim vai o cinema independente americano. Aliás, não generalizemos: assim vai um certo cinema independente dos EUA, enraizado na conceção de cada um dos seus projetos como uma aventura singular, por certo irrepetível, quer na sua dimensão técnica, quer enquanto aventura humana. Dito de outro modo: Alexander Rockwell apostou em rodar o seu "Sweet Thing - Infância à Deriva" a preto e branco, com uma câmara de 16mm, porventura assumindo-se como herdeiro das admiráveis convulsões dos anos 60/70 (Cassavetes?).


E, no entanto, há que dizer que este é um objeto nascido de um projeto genuíno, genuinamente familiar. Para retratar os dois irmãos, Billie e Nico, que vivem em ziguezague entre o pai e a mãe, Rockwell entregou os respetivos papéis aos seus filhos, respetivamente Lana e Nico Rockwell; sem esquecer que é a sua mulher, Karyn Parsons, que interpreta a personagem da mãe (com Will Patton, a repetir os tiques de sempre, na figura do pai).


De qualquer modo, "Sweet Thing" não é exatamente o estudo de uma família decomposta, antes uma crónica amarga e doce sobre a diferença entre o desencanto do dia a dia e a ânsia de um mundo alternativo, dir-se-ia um mundo de fábula. Há alguma vibração emocional nesse labirinto, sobretudo através da presença de Lana Rockwell. Para mais, neste caso, com o efeito retórico de algumas imagens a cores servirem para sugerir a vida "sonhada" dos protagonistas...”



+Crítica: MagazineHD-entrvistaMagSapo-Hugo Gomes, Público, RogerEbert, Film Movement, New York Times, Always Good Movies, Variety.



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