Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1570
Título original: The Lost Daughter
De: Maggie Gyllenhaal
Com: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Peter Sarsgaard, Dagmara Dominczyk
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: GRE/EUA, 2021, 121 min.
SINOPSE
Leda Caruso é uma professora universitária de meia-idade que se encontra de férias na Grécia. Sozinha, passa o tempo a observar as pessoas à volta, distraidamente, até se tornar quase obsessivamente interessada por uma jovem mãe e a sua filha pequena. Através delas, Leda vê-se de regresso ao passado e à sua experiência enquanto mãe. Isso vai fazê-la reavaliar a sua vida e as decisões, nem sempre fáceis ou justas, que teve de tomar.
Com assinatura da atriz Maggie Gyllenhaal (na sua estreia em realização), protagonizado por Olivia Colman e baseado numa obra de Elena Ferrante, um drama psicológico sobre os diversos desafios da maternidade. Com Jessie Buckley, Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Ed Harris a assumirem as personagens secundárias, o filme foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, e foi nomeado para os Globos de Ouro de realização e representação (Colman). (Fonte: CineCartaz)
Prémios e Festivais:
Óscares 2022 - 3 nomeações para Melhor Atriz, Melhor Atriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado.
Globos de Ouro 2022 - 2 nomeações para Melhor Atriz e Melhor Realização
BAFTA Awards - 2 nomeações para Melhor Atriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado
Festival de Veneza 2021 - Vencedor do prémio para Melhor Argumento (M. Gyllenhaal)
Festival de Londres, Telluride e de Nova Iorque - Seleção Oficial
Notas da Crítica:
«Imperdível.» - David Rooney, The Hollywood Reporter
«Brilhante. Um drama psicológico ousado.» - Variety
«Perturba-nos como só os melhores filmes conseguem.» - The Playlist
«A masterwork. Olivia Colman is absolutely fantastic.» - Yolanda Machado, The Wrap
«Adaptando Elena Ferrante, Maggie Gyllenhaal faz uma auspiciosa estreia na realização com um filme tenso, desconfortável, inteligente.» - Jorge Mourina, Público
Seleção de crítica: por Inês Moreira Santos, em Hoje Vi(vi) Um Filme.
“Maggie Gyllenhaal faz uma abordagem intrínseca e incomum da maternidade na sua longa-metragem de estreia como realizadora. Tendo por base o livro de Elena Ferrante, a realizadora faz uma desmistificação do papel de uma mãe, contra todos os preconceitos ou juízos de valor, numa obra íntima e intensa.
[…] A Filha Perdida confronta a visão machista da sociedade, que insiste em manter a sobrecarga dos deveres da parentalidade na figura materna, e que nela coloca as responsabilidades e as críticas. Na sua aparente simplicidade, é uma obra desafiadora e empoderadora, potenciada pela abordagem feminista que Maggie Gyllenhaal utiliza.
A boneca que a filha de Nina traz consigo - semelhante à de Leda em criança - despoleta todas as memórias e inquietações da protagonista. E um ato inesperado vai desencadear nela um misto de emoções e lembranças, tonturas, sonolência e esquecimentos, para além de uma sensação de perseguição constante.
Olivia Colman entrega-se a Leda, dá-lhe a confiança da experiência de vida, pronta para enfrentar quem lhe faça frente, mas também revela fragilidade e desamparo, decorrente da obsessão que cria pela jovem mãe com quem partilha a praia. Também em destaque está a prestação de Jessie Buckley na pele de Leda enquanto jovem. Mais ingénua, dividida entre trabalho, tarefas domésticas e o cuidado das filhas, Leda experimenta a harmonia e o desespero. E num elenco de mulheres fortes, há um homem que se destaca: Lyle é uma espécie de espelho masculino de Leda, solitário e magoado, numa prestação sóbria e sentida de Ed Harris.
Muito para além da maternidade, A Filha Perdida é também sobre liberdade de escolha, emancipação, arrependimento e redenção. Sem julgamentos, Maggie Gyllenhaal solidariza-se com as Ledas da vida real, contra expectativas desiguais.”
+Crítica: Público, c7nema, Espalha Factos, Magazine HD, SapoMag, The Playlist, The Guardian, IndieWire.
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