10 dezembro 2020

Quinta-feira | 19h | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1521


Da Eternidade

Título original: Om det oändliga


De: Roy Andersson

Com: Bengt Bergius, Anja Broms, Marie Burman, Jan-Eje Ferling

Género: Drama

Classificação: M/12

Outros dados: SUE/NOR/ALE/FRA, 2019, 78 min.


SINOPSE

Neste filme, todos os acontecimentos têm a mesma gravidade, sejam pequenos episódios da vida de pessoas comuns, sejam grandes eventos que marcam a História. Em "Da Eternidade", um casal observa uma cidade devastada pela guerra; um pai pára para apertar os atacadores dos sapatos da filha a caminho de uma festa; adolescentes dançam à porta de um café; um exército derrotado marcha para um campo de prisioneiros de guerra; e um sacerdote questiona a sua fé. Tudo é reflexo da fragilidade humana. Tudo é, simultaneamente, trivial e grandioso. 


Em competição no Festival de Cinema de Veneza, onde recebeu o Leão de Prata para Melhor Realizador, um filme melancólico sobre a vida, o amor e a morte, com assinatura do aclamado cineasta sueco Roy Andersson (que, em 2014, arrecadou o Leão de Ouro pelo filme "Um Pombo Pousou Num Ramo a Reflectir na Existência"). (Fonte: Público)


Prémios e Festivais:

Festival de Veneza - Leão de Prata para Melhor Realizador

Festival de Dublin - Melhor Realizador

European Film Awards - Melhores Efeitos Visuais


Variety ★★★★

Cinevue ★★★★

Indiewire ★★★★

The Guardian ★★★★

De Standaard ★★★★

The Film Stage ★★★★

Screen International ★★★★


Notas da Crítica:


«Damos 75 minutos a Roy Andersson e ele dá-nos o universo» - Indiewire


«O cinema de Roy Andersson é um dos mais particulares de toda a sétima arte. Mesmo para quem esteja familiarizado com o humor escandinavo, o cinema de Andersson é extremamente… único.» - Royale With Cheese


«Delicioso, estranho e totalmente diferente de qualquer outra coisa na competição; um filme que faz a monotonia parecer única e a banalidade uma coisa do outro mundo. [...] DA ETERNIDADE contém momentos de humor diabólico, mas no fundo é uma imagem triste e doce.» The Guardian



Seleção de crítica: por João Lopes, em RTP-Cinemax.


No estúdio com Roy Andersson


“Não se pode dizer que o sueco Roy Andersson seja um cineasta incoerente. Na verdade, o seu novo filme, "Da Eternidade", é (mais) uma colecção de variações sobre um modelo retórico já aplicado em "Canções do Segundo Andar" (2000), "Tu que Vives" (2007) ou "Um Pombo Pousou num Ramo a Reflectir na Existência" (2014).


Na prática, que acontece? Não sendo propriamente um optimista, Andersson colecciona pequenos episódios, uns "realistas" (um exército derrotado que marcha numa paisagem gelada...), outros "transcendentais" (um par voa sobre uma cidade...), outros apelando à "metáfora" (a "Paíxão de Cristo" numa rua contemporânea...), todos eles unidos pela mesma constatação minimalista — a vida humana é absurda. E fica-se também com a sensação incómoda de que o olhar que aqui triunfa contempla esse absurdo como "coisa" mais ou menos desprezável...


E, no entanto, importa reconhecer que Andersson é, obviamente, um hábil gestor dos recursos específicos de um estúdio de cinema. "Da Eternidade" volta a distinguir-se por um rigor cenográfico algures entre o real e o surreal, como se os sinais quase naturalistas que as cenas acumulam se fossem transfigurando em entidades mais ou menos fantásticas ou fantasistas.”



+CríticaVisão, Público, c7nema, Cinema7arte, Royale With Cheese, Sight & Sound, CineVue, RogerEbert.



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