Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1557
Título original: Madres paralelas
De: Pedro Almodóvar
Com: Penélope Cruz, Rossy de Palma, Aitana Sánchez-Gijón
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: ESP, 2021, 120 min.
SINOPSE
Janis e Ana conhecem-se num quarto de uma maternidade, quando estão prestes a dar à luz. Janis, que já passou dos 40, apesar de não ser uma gravidez planeada, encara o momento com alegria. A jovem Ana, pelo contrário, está aterrorizada com o que está prestes a acontecer. Naquele momento tão marcante das suas vidas, elas vão criar um laço profundo que se prolongará pelo tempo.
Estreado no Festival de Cinema de Veneza – onde Penélope Cruz recebeu o Prémio Volpi Cup de melhor atriz –, este melodrama sobre os diversos lados da maternidade foi escrito e realizado pelo multipremiado realizador espanhol Pedro Almodóvar. No elenco, para além de Cruz, estão também as atrizes Milena Smit, Aitana Sánchez-Gijón, Daniela Santiago, Julieta Serrano e Rossy de Palma. (Fonte: CineCartaz)
Prémios e Festivais:
Veneza 2021 - Melhor Atriz - Penelope Cruz
Nomeado para 8 prémios GOYA
Nomeado para 2 Golden Globes (Filme estrangeiro e Banda sonora)
The Guardian ★★★★
Público ★★★★
RogerEbert ★★★★
Metascore = 86
Notas da Crítica:
«Um portento de melodrama classicista depurado.» - Jorge Mourinha, Público
«Penélope Cruz Gives One of the Best Performances of Her Career in Pedro Almodóvar's Parallel Mothers» - Time
«In “Parallel Mothers,” Almodóvar is a master storyteller who looks at single motherhood through a lens of domestic suspense.» - Variety
Seleção de crítica: por João Lopes, na RTP-Cinemax.
“Já muito disseram que ninguém filma Penélope Cruz como Pedro Almodóvar... E creio bem que a afirmação não tem nada de exagerado. Aí está, em todo o caso, mais um belo exemplo da aliança da actriz e do realizador: "Mães Paralelas" prolonga a obsessão de Almodóvar pelo universo da maternidade, ou melhor, a sua capacidade de encenar as mães como portadoras de um sentido oculto, não apenas das relações familiares, mas da própria história colectiva.
À boa maneira de Almodóvar, por aqui perpassa um enigma com o seu quê de policial. As duas mães interpretadas por Penélope Cruz e Milena Smit têm os seus filhos no mesmo dia, de tal modo que, a partir daí, se desenvolve uma epopeia (paralela, precisamente) que se vai enredar com perguntas por responder. E não são perguntas banais — estão directamente ligadas às memórias perturbantes da Guerra Civil em Espanha.
Os cenários de luz cristalina e cores intensas definem uma espécie de assinatura (melo)dramática de Almodóvar. Em todo o caso, desta vez, tal assinatura não é um objectivo fechado sobre a sua "exibição", antes uma estratégia para expor as ambivalências dos factos narrados — em última instância, este é um filme sobre a dificuldade de receber, organizar e pensar as heranças históricas.
Almodóvar consegue, assim, fazer passar uma ideia forte, por certo essencial em todo o seu universo: o passado não é um objecto fechado sobre si mesmo, muito menos um mero pretexto para a nostalgia, antes uma herança que continua a pontuar a vida do presente — as “mães paralelas” são essas personagens que, através da teia do passado, descobrem um pouco mais do seu próprio presente.”
+Crítica: Público, MagSapo, Cinema7arte, Magazine HD, Hoje Vi(vi) Um Filme, The Guardian, Hollywood Reporter, Time, Variety, RogerEbert.
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