13 janeiro 2022

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1556


As Coisas Que Dizemos, As Coisas Que Fazemos

Título original: Les choses qu'on dit, les choses qu'on fait


De: Emmanuel Mouret

Com: Camélia Jordana, Niels Schneider, Vincent Macaigne

Género: Drama, Romance

Classificação: M/12

Outros dados: FRA, 2020, 122 min.




SINOPSE

Daphné e François estão de férias no campo. Quando ele se vê obrigado a regressar a Paris devido a uma questão de trabalho, ela fica a sós com Maxime, um primo que ali está para passar uns dias. Durante quatro dias, enquanto esperam pelo regresso de François, os dois vão tendo longas conversas, dando início a uma intimidade inesperada. 


Com Camélia Jordana, Niels Schneider e Vincent Macaigne nos papéis principais, um drama romântico escrito e realizado por Emmanuel Mouret. (Fonte: CineCartaz)




Prémios e Festivais:

Festival de Cannes - Selecção Oficial em Competição

Césares do Cinema Francês: lidera com 13 NOMEAÇÕES

Lumieres Awards: Melhor Filme, Realizador, Atriz, Argumento, Fotografia


Público ★★★★

La Presse ★★★★

IndieWire ★★★


Tomatometer: 100%


Notas da Crítica:


«Discretamente, um dos pontos altos do ano» - Público


«Lengthy but deliciously calibrated...» - Screen International


«A film that carefully considers emotional tumult and embraces the chaos and fickleness of human intimacy.» - Review Online


«Winsome Exploration of Love Is an Interconnected Romance with a Twist» - IndieWire


«É um conto moral feito de vários contos morais, com as leis do coração à mercê de uma escrita inteligente e imprevisível dentro da sua linguagem clássica com sabedoria moderna.» - Diário de Notícias



Seleção de crítica: por Hugo Gomes, na SapoMag.


Quando a arte de contar uma história é uma arte de amar


“Emmanuel Mouret (‘A Arte de Amar’, ‘Só um Beijo, Por Favor’) não é nenhum achado, o seu cinema sempre esteve lá, nesse estilo 'rohmeriano' de filosofar sentimentos e estruturas relacionais. 


Com isto, o leitor questionará o que de diferente poderemos encontrar neste ‘As Coisas que Dizemos, As Coisas que Fazemos’? Digamos que, no cinema, como também na vida, o prazer das ‘coisas’ encontra-se nos seus detalhes e na sensibilidade com que o autor, com auxílio do espetador, tem com eles. Aqui, Mouret (re)descobre-se a si próprio num filme sobre afetos e sentimentos, ora romantizados, ora intelectualizados, daquilo que achamos ser o 'amor', socialmente encarado como tal.


Para a personagem central (Niels Schneider) deste rol de narrativas e peripécias rotineiras, nunca negando o seu quê de espetacularidade e caricatural, 'amor' é um acidente em cadeia que altera permanentemente a sua posição nos diferentes círculos, sem nunca se resolverem definitivamente. Como tal, as retaliações são possibilidades, assim como o nascimento de novas paixões, consumadas e prometidas numa eternidade inexistente e apenas projetada.


O filme percorre por vias de palavras essas dúvidas supostamente existenciais das personagens, que se vão cruzando e entrelaçando umas com as outras através de relato e discursos. Está feito aqui um universo a merecer ser explorado, de felizes e tristes acasos, e de conflitos discretos, de ênfases dramáticas subtilmente embutidas nos gestos, nas carícias ou nos beijos trocados antevendo despedidas.


Sensibilidade é o que é aqui pedido, porque casos amorosos todos nós vivemos, nem que seja por um dia. Dentro dos tais ditos “‘ilhos de Rohmer’, eis um filme que é, de facto, um pedaço de céu.”



+CríticaDiário de Notícias, Público, c7nema, Gonn1000, Variety, IndieWire, Screen Daily, La Presse.



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