10 fevereiro 2022

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1560


The Card Counter: O Jogador

Título original: The Card Counter


De: Paul Schrader

Com: Oscar Isaac, Tiffany Haddish, Tye Sheridan, Willem Dafoe

Género: Drama, Ação

Classificação: M/16

Outros dados: EUA/China/GB, 2021, 111 min.



SINOPSE

William Tell é um ex-militar com um grande talento para o jogo de cartas, a que se dedica quase obsessivamente de modo a manter o passado adormecido. Certo dia, é desafiado por uma enigmática investidora em jogos de azar, a competir no World Series of Poker, uma série de torneios de póquer realizada anualmente em Las Vegas. Mas tudo se complica quando Tell conhece Cirk, um jovem atormentado que lhe propõe um plano para se vingar de um homem que, por sinal, é também um velho inimigo seu.


Com Martin Scorsese como produtor executivo e Paul Schrader ("American Gigolo", "Vingança ao Anoitecer" ou “No Coração da Escuridão”) como realizador e argumentista, “The Card Counter - O Jogador” foi selecionado para competir no Festival de Cinema de Veneza. (Fonte: CineCartaz)


Prémios e Festivais:

Festival de Veneza - Selecção Oficial em Competição

Gotham Awards - Nomeado para Melhor Argumento e Melhor Ator

9º Melhor filme do ano para os Cahiers du Cinéma



The Guardian ★★★★

RogerEbert ★★★★

cinema7arte ★★★★

Público ★★★★

Slant Mag ★★★


TOMATOMETER: 86%


Notas da Crítica:


«Um dos melhores filmes estreados este ano [2021]» - Público


«Incrivelmente sombrio e irresistivelmente romântico.» - Cinemanía


«Claramente, um filme bem mais além do que apenas poker» - RogerEbert


«It’s a supremely compelling tale leavened by its wry humour and a subtle commentary on the essential emptiness of American life.» - Little White Lies


«The Card Counter is an uncomfortable, meditative movie about guilt, risk, retribution, and the way America operates. It's also an extraordinary example of Oscar Isaac's power.» - Thrilist



Seleção de crítica: por João Lopes, na RTP-Cinemax.


“Paul Schrader está na linha da frente de meio século de história do cinema americano, mas raras vezes é reconhecido, não apenas através da importância do seu trabalho como argumentista (Taxi Driver, Touro Enraivecido, etc), mas até pela simples extensão da sua filmografia — mais de duas dezenas de realizações, incluindo “American Gigolo" (1980), "A Felina" (1982) e "Auto Focus" (2002), este último um retrato de uma figura lendária da história da televisão americana (Bob Crane) que nunca chegou às salas portuguesas. 


"The Card Counter" é, como o título diz, um contador de cartas, quer dizer, alguém que, durante o poker, se habituou a contar as cartas que vão saindo, de modo a controlar o mais possível as possibilidades de ganhar o jogo. Através da sua odisseia, Schrader desenha, no fundo, uma parábola visceralmente americana: o contador de cartas é aquele que tenta redimir-se da violência que protagonizou, procurando uma pureza que o destino talvez não possa garantir-lhe. Estamos, assim, perante um filme que combina a crónica intimista com a parábola política, tudo servido por uma “mise en scène” de insuperável rigor.


Aspeto que, mais do que nunca, importa sublinhar é a notável composição de Oscar Isaac no papel central. Na verdade, as desventuras vividas no meio dos efeitos visuais mais ou menos ruidosos de "Star Wars" (no papel de Poe Dameron) estão muito longe de dar visibilidade aos seus dotes de representação.


Tal como acontece em "The Card Counter", ele é um ator capaz de expor a vulnerabilidade de uma personagem, aparentemente apresentando-a como alguém que controla em absoluto os seus atos e respetivas consequências. Este é, afinal, um filme sobre um homem em luta com um jogo em que faltam sair alguns trunfos — nas cartas e no labirinto dos desejos humanos.”



+Crítica: Magazine HD, c7nema, À pala de Walsh, Cinema7arte, SapoMag, RogerEbert, The Guardian, Slant Mag, MUBI.



Sem comentários: