Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1515
Título original: Boze Cialo
Com: Bartosz Bielenia, Aleksandra Konieczna, Eliza Rycembel, Lukasz Simlat
Género: Drama
Classificação: M/16
Outros dados: POL, 2019,
SINOPSE
Quando Daniel é enviado para um centro de detenção para jovens, não imagina a transformação que daí decorrerá. A relação próxima com o padre da instituição faz nascer nele um chamamento divino. Mas, infelizmente, o seu cadastro impede-o de alcançar o sonho de ingressar num seminário e tornar-se sacerdote. Depois de cumprir pena, vai trabalhar como aprendiz de carpinteiro numa povoação distante. Devido a uma série de mal-entendidos, é confundido com o novo pároco e abraça aquela oportunidade, que, na sua cabeça, tem providência divina.
Baseado em factos reais, um drama escrito por Mateusz Pacewicz. Apresentado no Festival de Cinema de Veneza e também no Festival Internacional de Cinema de Toronto, "Corpus Christi" foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional (o atual nome da antiga secção de Filme Estrangeiro), em representação da Polónia. (Fonte: Público)
Prémios e Festivais:
Óscares 2020 - nomeado para Melhor Filme Internacional
Festival de Veneza (2019) - prémio Europa Cinemas Label
Festival Internacional de Cinema de Toronto - seleção oficial
Rotten Tomatoes - 97%
The Times ★★★★
The Guardian ★★★★
Time Out ★★★★
Magazine HD ★★★★
Diário de Notícias ★★★
RogerEbert ★★★1/2
Público ★★★
c7nema ★★★
Notas da Crítica:
«Um filme intenso, eloquente, imageticamente forte e com um trabalho tremendo de Bartosz Bielenia, um daqueles atores cujo rosto vale por mil palavras.» - Visão
«Único» - Film Threat
«Perfeito» - Times
«Inquietante» - The Guardian
«Arrebatador» - The Hollywood Reporter
«Fascinante» - Los Angeles Times
«Um filme soberbo» - Cineeuropa
«Comovente e poderoso» - Variety
«Sólido e inteligente mais do que especialmente inspirado, é um exemplo de que há mais para descobrir no cinema polaco do que aquilo que vamos vendo aos soluços por cá.» - Público
Seleção de crítica: por João Lopes, no Cinemax-RTP.
Atribulações religiosas na Polónia
“Cinema da Polónia: Andrzej Wajda, Jerzy Skolimowski, Roman Polanski... Lembramo-nos de imediato dos nomes clássicos, hesitamos quando tentamos estabelecer algum elo com a produção mais recente.
Jan Komasa — eis o nome que surge agora no horizonte do mercado, favorecido pelo impulso dos Óscares. O seu "Corpus Christi - A Redenção" é um dos cinco nomeados na categoria de melhor filme internacional (designação que substitui a de melhor filme estrangeiro). E o mínimo que se pode dizer é que possui a virtude de colocar em cena uma paisagem, social e afectiva, eminentemente polaca, visceralmente católica.
O efeito perturbante da dramaturgia do filme decorre da ambivalência da sua personagem central, o jovem Daniel, 20 anos, preso num centro de detenção juvenil — ao regressar à vida social, procurando emprego na serração de uma pequena povoação, torna-se acidentalmente padre.
Interpretado por um notável actor, de seu nome Bartosz Bielenia, Daniel rapidamente se descobre numa teia emocional à beira do insustentável: por um lado, a população vai sendo cada vez mais sensível aos seus dotes de pregador; por outro lado, ele teme que a sua condição acidental seja descoberta...
Komasa parece ser um cineasta empenhado em valorizar os índices realistas — sublinhe-se a detalhada caracterização da povoação em que Daniel se integra —, ao mesmo que pressente o peso simbólicos dos temas com que lida. Em última instância, "Corpus Christi" é mesmo um filme sobre o contraste entre a religião como "aparato" colectivo e a religião como expressão de uma genuína crença individual. Em resumo: um filme exterior aos modelos dominantes do mercado, a merecer ser descoberto.”
+Crítica: DN, Expresso, Magazine HD, Público, Visão, c7nema, MagSapo, Huffpost Brasil, RogerEbert, Always Good Movies.
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