Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1569
Título original: Doraibu mai kâ
De: Ryûsuke Hamaguchi
Com: Hidetoshi Nishijima, Tôko Miura, Reika Kirishima
Género: Drama
Classificação: M/12
Outros dados: JAP, 2021, 179 min.
SINOPSE
Yusuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), ator e encenador japonês, chega a Hiroshima para pôr em cena a peça “O Tio Vânia”, de Anton Tchekhov. Como motorista, é-lhe apresentada Misaki Watari (Toko Miura), uma jovem com quem rapidamente cria laços. Nas viagens a seu lado, Yusuke vai partilhando memórias do seu passado com Oto (Reika Kirishima), sua companheira de vida e de trabalho, falecida há algum tempo.
Selecionado para competição no Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o Prémio de melhor argumento, o Prémio FIPRESCI e o Prémio do Júri Ecuménico, este filme de Ryusuke Hamaguchi inspira-se no conto com o mesmo nome incluído na obra “Homens sem Mulheres”, escrita por Haruki Murakami. (Fonte: CineCartaz)
Prémios e Festivais:
Óscares 2022 - Vencedor de Melhor Filme Internacional (+3 nomeações para Melhor Filme do Ano, Melhor Realização e Melhor Argumento Adaptado)
Globos de Ouro 2022 - Vencedor de Melhor Filme Estrangeiro
Festival de Cannes 2021 - Vencedor do prémio para Melhor Argumento, do Prémio Fipresci, e do Júri Ecuménico.
Cahiers du Cinéma - Top 10 dos Melhores do ano 2021
Los Angeles Times ★★★★★
Les Inrockuptibles ★★★★★
The Guardian ★★★★★
The Telegraph ★★★★★
Libération ★★★★★
Le Monde ★★★★★
Première ★★★★★
Observador ★★★★★
Público ★★★★
Variety ★★★★
Indiewire ★★★★
Screen Daily ★★★★
Notas da Crítica:
«Sublime» - The New York Times
«Um golpe de mestre» - Thierry Chèze, Première
«Hamaguchi delivers a masterpiece.» - Little White Lies
«A profoundly beautiful film.» - Telegraph
«Extraordinário. Uma experiência cativante e engrandecedora.» - The Guardian
«The hauntingly beautiful Japanese drama takes audiences on an unforgettable journey alongside protagonist Yūsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), sharing in his experiences of love, loss and acceptance.» - Screen Rant
Seleção de crítica: por Francisco Ferreira, no Expresso.
“Os dois contos de Murakami em que vagamente se inspira “Drive My Car”, dois dos sete (um deles homónimo, o outro é ‘Scheherazade’) que integram o livro “Homens sem Mulheres” (Casa das Letras), não são mais do que um rastilho que o novo filme de Hamaguchi amplia e propaga a três horas de cinema que, desde logo, aprofundam uma relação rara entre o cinema e a literatura.
Costuma ser ao contrário, e em 99% dos casos é isso que se passa: o cinema a cercar o texto, a editá-lo e a condensá-lo em proveito da sua própria narrativa. Acontece que o cineasta nipónico de 44 anos, ex-aluno de Kiyoshi Kurosawa e na berlinda dos festivais de cinema desde a sua estreia, em 2008, é também ele detentor — já aqui o frisámos por mais do que uma vez — de uma pluma de qualidade invejável. Houvesse dúvidas disso para quem só há pouco tomou contacto com a obra de Hamaguchi bastaria “Roda da Fortuna e da Fantasia” (Grande Prémio do Júri em Berlim 2021), há pouco estreado entre nós, para dissipá-las.
“Drive My Car”, esse filme com título de canção dos Beatles, saiu, aliás, do Festival de Cannes do ano passado com o argumento premiado (por isso foi 2021 um ano fabuloso para o cineasta — duas longas-metragens estreadas e premiadas em dois grandes festivais de cinema, coisa rara) e parte de um texto que Hamaguchi foi estendendo a seu bel-prazer a partir do que leu de Murakami, acrescentando um, dois, muitos pontos — muitos ecos, dir-se-ia — aos contos originais.
As personagens de Hamaguchi dependem, e muito acentuadamente, do que está no papel, das histórias que o autor inventa, não são figuras dadas a qualquer improviso ou outro tipo de estratagema não calculado minuciosamente. É este o método de trabalho do nipónico.”
+Crítica: À pala de Walsh, Diário de Notícias, Público, Magazine HD, Observador, The Guardian, MUBI.
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