14 abril 2021

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1569


Drive my Car

Título original: Doraibu mai kâ


De: Ryûsuke Hamaguchi

Com: Hidetoshi Nishijima, Tôko Miura, Reika Kirishima

Género: Drama

Classificação: M/12

Outros dados: JAP, 2021, 179 min.



SINOPSE

Yusuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), ator e encenador japonês, chega a Hiroshima para pôr em cena a peça “O Tio Vânia”, de Anton Tchekhov. Como motorista, é-lhe apresentada Misaki Watari (Toko Miura), uma jovem com quem rapidamente cria laços. Nas viagens a seu lado, Yusuke vai partilhando memórias do seu passado com Oto (Reika Kirishima), sua companheira de vida e de trabalho, falecida há algum tempo. 


Selecionado para competição no Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o Prémio de melhor argumento, o Prémio FIPRESCI e o Prémio do Júri Ecuménico, este filme de Ryusuke Hamaguchi inspira-se no conto com o mesmo nome incluído na obra “Homens sem Mulheres”, escrita por Haruki Murakami. (Fonte: CineCartaz)



Prémios e Festivais:

Óscares 2022 - Vencedor de Melhor Filme Internacional (+3 nomeações para Melhor Filme do Ano, Melhor Realização e Melhor Argumento Adaptado)


Globos de Ouro 2022 - Vencedor de Melhor Filme Estrangeiro


Festival de Cannes 2021 - Vencedor do prémio para Melhor Argumento, do Prémio Fipresci, e do Júri Ecuménico. 


Cahiers du Cinéma - Top 10 dos Melhores do ano 2021

Eight Japan Academy Prizes


TOMATOMETER: 97%

MATASCORE: 91


Los Angeles Times ★★★★★

Les Inrockuptibles ★★★★★

The Guardian ★★★★★

The Telegraph ★★★★★

Libération ★★★★★

Le Monde ★★★★★

Première ★★★★★

Observador ★★★★★

Público ★★★★

Variety ★★★★

Indiewire ★★★★

Screen Daily ★★★★



Notas da Crítica:


«Sublime» - The New York Times


«Um golpe de mestre» - Thierry Chèze, Première


«Hamaguchi delivers a masterpiece.» - Little White Lies


«A profoundly beautiful film.» - Telegraph


«Extraordinário. Uma experiência cativante e engrandecedora.» - The Guardian


«The hauntingly beautiful Japanese drama takes audiences on an unforgettable journey alongside protagonist Yūsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), sharing in his experiences of love, loss and acceptance.» - Screen Rant




Seleção de crítica: por Francisco Ferreira, no Expresso.


“Os dois contos de Murakami em que vagamente se inspira “Drive My Car”, dois dos sete (um deles homónimo, o outro é ‘Scheherazade’) que integram o livro “Homens sem Mulheres” (Casa das Letras), não são mais do que um rastilho que o novo filme de Hamaguchi amplia e propaga a três horas de cinema que, desde logo, aprofundam uma relação rara entre o cinema e a literatura. 


Costuma ser ao contrário, e em 99% dos casos é isso que se passa: o cinema a cercar o texto, a editá-lo e a condensá-lo em proveito da sua própria narrativa. Acontece que o cineasta nipónico de 44 anos, ex-aluno de Kiyoshi Kurosawa e na berlinda dos festivais de cinema desde a sua estreia, em 2008, é também ele detentor — já aqui o frisámos por mais do que uma vez — de uma pluma de qualidade invejável. Houvesse dúvidas disso para quem só há pouco tomou contacto com a obra de Hamaguchi bastaria “Roda da Fortuna e da Fantasia” (Grande Prémio do Júri em Berlim 2021), há pouco estreado entre nós, para dissipá-las. 


“Drive My Car”, esse filme com título de canção dos Beatles, saiu, aliás, do Festival de Cannes do ano passado com o argumento premiado (por isso foi 2021 um ano fabuloso para o cineasta — duas longas-metragens estreadas e premiadas em dois grandes festivais de cinema, coisa rara) e parte de um texto que Hamaguchi foi estendendo a seu bel-prazer a partir do que leu de Murakami, acrescentando um, dois, muitos pontos — muitos ecos, dir-se-ia — aos contos originais. 


As personagens de Hamaguchi dependem, e muito acentuadamente, do que está no papel, das histórias que o autor inventa, não são figuras dadas a qualquer improviso ou outro tipo de estratagema não calculado minuciosamente. É este o método de trabalho do nipónico.”



+Crítica: À pala de Walsh, Diário de Notícias, Público, Magazine HD, Observador, The Guardian, MUBI.



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