07 abril 2021

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1568


Compartimento No. 6

Título original: Hytti nro 6


De: Juho Kuosmanen

Com: Yuriy Borisov, Seidi Haarla, Dinara Drukarova, Yuliya Aug

Género: Drama

Outros dados: RUS/FIN/ALE/Estónia, 2021, 107 min.



SINOPSE

Década de 1990. Laura (Seidi Haarla) é uma estudante finlandesa que segue viagem no compartimento n.º 6 de um comboio que parte de Moscovo com destino a Murmansk, no Círculo Polar Árctico, onde tenciona visitar antigas gravuras rupestres. Como companheiro de viagem tem Ljoha (Yuriy Borisov), um mineiro russo um pouco rude e com um sentido de humor peculiar, que não desiste de meter conversa. Se, a princípio, os dois parecem demasiado diferentes para qualquer convivência, com o passar das horas as coisas vão-se alterando.


Estreado no Festival de Cinema de Cannes – onde recebeu o Grande Prémio do Júri –, e com um argumento baseado na obra homónima da finlandesa Rosa Liksom, um drama escrito e realizado por Juho Kuosmanen, naquela que é a sua segunda longa-metragem, depois do sucesso de "O Dia Mais Feliz na Vida de Olli Mäki" (2016) que lhe valeu o prémio "Un Certain Regard", também em Cannes. (Fonte: CineCartaz)



Prémios e Festivais:

Festival de Cannes 2021 - Grande Prémio do Júri

Festival de Gotemburgo 2022 - Prémio Fipresci

Festival de Toronto e de Londres-BFI – Seleção Oficial



The Guardian ★★★★

Les Inrockuptibles ★★★★

Time Out ★★★★


Notas da Crítica:


«Um ‘Antes do Amanhecer’ finlandês» - The Guardian


«Uma comédia romântica finlandesa que não é bem romântica nem cómica.» - Diário de Notícias


«Entre ‘Lost in Translation’ e ‘In The Mood For Love’.» - Telerama


«A beacon of warmth amid a frozen wasteland» - Time Out


«A life changing journey» - Les Inrockuptibles


«A hopeful, poetic film that’s as touching as it is elegant.» - Awards Watch



Seleção de crítica: por Susana Bessa, no N.Semanário.


“Histórias de amor nunca estiveram tão desvalorizadas. Há um desencanto inerente com elas, quase como se Hollywood as tivesse cunhado a todas. A energia que podemos agora associar aos filmes do realizador finlandês Juho Kuosmanen tece um caminho feito entre polaridades dentro de um comboio em movimento, num filme que se faz no seu acontecer e que, no final, transfixa o espectador enquanto recorte de memória e lição de vida assimilada. Estimulante, claro. E tão bonita também. A base de todos os melodramas românticos.


Nesse enternecimento que combina a espiritualidade mitológica dos road movies de Wim Wenders com as crónicas pelo Mississípi de John Ford, Kuosmanen olha para o vínculo humano pelas mesmas janelas de Abbas Kiarostami. Vencedor em Cannes pela segunda vez, inspirou-se levemente na história identitária de Rosa Liksom, passada na então União Soviética em meados dos anos 80, para contar a de Laura (Seidi Haarla), uma estudante de Russo na Universidade de Moscovo que embarca numa viagem de comboio que se desentrança para norte, pelo círculo do Árctico, para ver os petróglifos antigos da ilha de Kámeni, um conjunto de esculturas eternizadas em pedras antigas, a uma distância de quase 2 mil quilómetros.


Num pequeno e abafado compartimento com duas camas-beliche, e com muitos dias pela frente, Laura terá de partilhar a rota com um homem russo grosseiro, Ljoha (Yuriy Borisov). O que advém da colisão entre estes pólos extremos, no meio de um gélido Inverno, confirma a importância de filmes românticos livres de padrões.”



+CríticaDiário de Notícias, c7nema-entrevista, Magazine HD, Cenas de Cinema, The Guardian, Variety, ScreenDaily, Hollywood Reporter.



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