17 novembro 2021

Quarta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett

Sessão #1551


Mandíbulas

Título original: Mandibules


De: Quentin Dupieux

Com: Grégoire Ludig, David Marsais, Adèle Exarchopoulos

Género: Comédia, Fantasia

Classificação: M/12

Outros dados: BEL/FRA, 2021, Cores, 77 min.



SINOPSE

Quentin Dupieux, o francês que se catapultou para a fama mundial enquanto Mr. Oizo no final dos anos 1990, com o single "Flat Beat" e o boneco, Flat Eric, que aparecia no teledisco e numa série de anúncios da Levi's, tem uma carreira como realizador de bizarros e surreais filmes franceses. Depois de "Rubber - Pneu" ou "100% Camurça", entre outros, volta com "Mandíbulas", em que dois amigos encontram uma mosca gigante na bagageira do carro e a tentam treinar para ganharem dinheiro com ela. 


A banda sonora está a cargo da banda britânica Metronomy, para quem Dupieux realizou alguns telediscos. (Fonte: CineCartaz)



Prémios e Festivais:

Festival de Sitges 2020 - Melhor Ator para Grégoire Ludig e David Marsais

Festival de Veneza - Fora de Competição


The Guardian ★★★★

Eye For Film ★★★★

Diário de Notícias ★★★

RogerEbert ★★★

Time Out ★★★

Público ★★


Notas da Crítica:


«Surreal, Uproarious Comedy» - The Film Stage


«Aconselhável a cinéfilos open mind.» - ScreenCrush


«Grande potencial para se tornar objeto de culto» - Manuel Halpern, Visão


«One of the joys of Mandibles is its skewed view of a part of France more commonly associated with monied glamour» - ScreenDaily



Seleção de crítica: por Manuel Halpern, no Visão.


“Quentin Dupieux é o realizador de Rubber – Pneu (2010), filme de terror, fantástico e surrealista, em que se contava a história de um pneu serial killer. Desde então, parece que o realizador francês anda à procura de filão semelhante, mas não é fácil repetir uma ideia tão estrambólica e eficaz. Todavia, nessa busca encontram-se objetos interessantes, que causam algum fascínio, de um realizador fora do baralho que explora de forma original géneros e subgéneros pouco comuns no cinema francês mais exportável. É o caso deste Mandíbulas.


Em vez de um pneu, o filme tem como silencioso protagonista um inseto gigante. Uma enorme mosca, do tamanho de um cão, que nada tem que ver com a de David Cronenberg e que aparece de forma algo misteriosa na narrativa. A mosca, gentilmente batizada de Dominique, não chega a ser fonte de carnificina, mas é sempre um elemento de tensão, contribuindo assim, mais uma vez, para a desconstrução do género: Mandíbulas é um filme de terror que nunca o chega a ser.


Na verdade, é, acima de tudo, uma comédia que se serve das sucessões de acasos e de coincidências toleráveis no género para construir a narrativa. Conta a história de Jean-Gab e de Manu, uma dupla de marginais, entre o ócio e o crime, que encontra uma mosca gigante na bagageira de um carro que eles roubaram e decidem domesticá-la para assim fazerem fortuna em espetáculos de circo. Pelo caminho, entre outras peripécias, encontram um grupo de jovens endinheirados numa casa com piscina. Uma das raparigas confunde Jean-Gab com um velho colega de escola e convida-os a ficar. Eles aproveitam-se da situação, sem nunca abdicarem do anterior propósito: domesticar a mosca.


Com grande potencial para se tornar objeto de culto, Mandíbulas está cheio de momentos hilariantes, do género “estranha-se, depois entranha-se”, que garantem um tempo bem passado na sala de cinema.”



+Crítica: Diário de NotíciasPúblico, Time Out, SapoMag, The Film Stage, IndieWire, RogerEbert, Eye For Film, The Observer.



Sem comentários: