Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1540
Título original: Quo Vadis, Aida?
De: Jasmila Zbanic
Com: Jasna Djuricic, Izudin Bajrovic, Boris Ler
Género: Drama, Histórico, Guerra
Classificação: M/14
Outros dados: NOR/ALE/ROM/POL/HOL/FRA/Bósnia/Áustria/Turquia, 2020, 101 min.
SINOPSE
Bósnia, Julho de 1995. Aida Selmanagić (Jasna Djuricic) trabalha como tradutora para a ONU em Srebrenica. Quando uma unidade do Exército da República Sérvia ocupa a região, até aí considerada uma área de segurança sob a proteção das Nações Unidas, ela vê a própria família entre os milhares de pessoas que procuram proteção nos campos de refugiados. Como está presente em reuniões das equipas de manutenção de paz, Aida tem acesso a informações desanimadoras. Desesperada, tenta fazer o que pode para ajudar a comunidade e ainda mais para salvar os seus.
Em competição no Festival de Cinema de Veneza e nomeado para o Óscar de melhor filme internacional, um drama de guerra com assinatura de Jasmila Žbanić – responsável por “Filha da Guerra”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, também sobre a Guerra dos Balcãs. A história, apesar de ficcional, tem como pano de fundo o massacre de Srebrenica quando, entre os dias 11 e 25 de julho de 1995, mais de 8300 bósnios muçulmanos (principalmente homens e rapazes) foram assassinados. (Fonte: CineCartaz)
Prémios e Festivais:
Óscares 2021 - Nomeado para Melhor Filme Internacional
Basta 2021 - Melhor Realizador e Filme de língua não inglesa
Festival de Veneza em 2020 - seleção oficial
Rotten Tomatoes - Classificação: 100%
IMDB Metascrore - 97
The New York Times ★★★★★
The Guardian ★★★★★
The Playlist ★★★★★
CineVue ★★★★★
Variety ★★★★★
IndieWire ★★★★★
Notas da Crítica:
«Uma obra de arte vital.» - IndieWire
«Deeply compelling, harrowing, and heartbreaking» - Variety
«Jasmila Zbanic cria um ambiente tenso e inquietante, sem violência gráfica. A realizadora joga com as emoções e provoca a indignação da plateia sem mostrar as atrocidades - tudo está presente a um nível mais profundo e subentendido.» - Inês Moreira Santos, Hoje Vi(vi) um Filme
«’Quo Vadis, Aida?’ mostra os horrores do genocídio e a inação criminosa das Nações Unidas durante a Guerra Bósnia dos anos 90. Este devastador feito cinematográfico representa a Bósnia e Herzegovina na competição dos Óscares. A obra está entre os cinco nomeados na categoria de Melhor Filme Internacional e é, quiçá, o único concorrente capaz de destronar o favorito, ‘Druk’.» - Magazine-HD
Seleção de crítica: por Inês Moreira Santos, no Hoje Vi(vi) um Filme.
“Em Quo Vadis, Aida?, a realizadora Jasmila Zbanic recupera, 25 anos depois, o Massacre de Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia, que matou cerca de 8000 homens e rapazes bósnios de origem muçulmana.
Se, por um lado, o filme é o drama de uma tradutora da ONU que quer salvar a sua família, por outro, é uma crítica feroz aos responsáveis pelo genocídio, bem como à incapacidade das Nações Unidas de evitar tamanha tragédia.
Aida é mediadora naquela torre de babel improvisada. São poucos os que falam as duas línguas e a correria constante da protagonista faz-nos conhecer todos os cantos às instalações que acolhem alguns dos refugiados que fogem da violência - mas são muitos mais os que ficam ao portão. Tomada pelo desespero de salvar marido e filhos e colocá-los junto dela na aparente segurança da ONU, Aida faz o que pode para ajudar à comunicação entre militares e refugiados, traduzindo ordens e perguntas, com as quais muitas vezes não concorda.
A protagonista está rodeada de dilemas, pessoal e profissionalmente, e testemunha de perto os horrores e injustiças que se passam em seu redor. Aida personifica a nossa ira perante a impassividade das Nações Unidas e da comunidade internacional, incapazes de controlar a situação e com pouca vontade de ajudar os capacetes azuis no terreno. A facilidade e frieza com que o General Ratko Mladic controla a situação e define os termos do acordo que condenou milhares de bósnios à morte é revoltante. A zona "segura" da ONU revelou-se fatal para o destino trágico de milhares de refugiados.
Jasmila Zbanic cria um ambiente tenso e inquietante, sem violência gráfica. A realizadora joga com as emoções e provoca a indignação da plateia sem mostrar as atrocidades - tudo está presente a um nível mais profundo e subentendido.
Quo Vadis, Ainda? carrega uma revolta implícita e um apelo à união, contra guerras e genocídios.”
+Crítica: Diário de Notícias, c7nema, Magazine-HD, Público, Cenas de Cinema, CineVue, The Guardian, IndieWire, Variety.
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