17 outubro 2019

Quinta-feira | 21h45 | Cine-Teatro Garrett
Sessão #1485

Título original: Lupo

De: Pedro Lino
Com: Brigitta Wagner, Cláudio Simon, Daniela Neumann
Género: Documentário
Outros dados: POR, 2019, Cores, 85 min.


CINEUROPA Audience Award - Melhor Filme
Golden Lynx Award - Menção Honrosa no
FEST 2018 - New Directors New Films Festival
IndieLisboa 2018 - sessão Director's Cut

SINOPSE
Sete países, três pseudónimos, duas famílias e, filme após filme, Rino Lupo foi alguém que fez o oposto do que a sociedade esperava. Um contador de histórias com uma veia rebelde, um realizador irrequieto com um sentido de aventura, um sonhador ambicioso. 

Mas quem foi afinal Rino Lupo? E como é que um personagem tão extraordinário caiu em tamanho esquecimento? Artista único e invulgar, a sua obra acompanhou a história do nascimento do Cinema de perto. Realizou alguns dos melhores filmes mudos em Portugal, desaparecendo misteriosamente no início dos anos 30. Através desta vida fora do comum, resgatam-se as memórias esquecidas das primeiras décadas da Sétima Arte. E a vida de alguém que nunca desistiu dos seus sonhos.



Notas da Crítica:

“A vida de Rino Lupo deu um filme e não é o documentário do costume”. - Público

“É intrigante a energia que o realizador põe na sua narrativa, competentíssima nos materiais que convoca”. - Expresso




Excerto de Crítica: por Jorge Mourinha, in Público
Não é um documentário clássico – nem podia ser, visto que Cesarino Lupo (1884-1936) deixou muito pouca informação. “Nem a própria família dele em Portugal sabe muito,” diz o realizador Pedro Lino. Por isso, "Lupo" é uma investigação sobre alguém que, oriundo de uma família da alta burguesia italiana, viveu permanentemente em viagem, desenrascando-se através de vários expedientes. Era uma figura claramente apaixonada pelo cinema, que já tinha trabalhado como ator e realizador antes de chegar a Portugal; mas igualmente um oportunista que não hesitava em aproveitar o que lhe aparecesse à frente para sobreviver – foi aliás por aí que a sua reputação se “queimou”, com rodagens que ultrapassavam o orçamento e que não resultavam em sucessos de bilheteira. “Mais do que uma história de um detetive à procura do Rino Lupo, o filme é a história de um realizador a procurar outro realizador, a tentar perceber como é que cada desafio o fazia sentir-se,” explica Lino, que encontrou o nome pela primeira vez ao ler sobre Manoel de Oliveira.



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